Henrietta Lacks

Henrietta Lacks, ex-lavradora de tabaco no sul dos Estados Unidos, ela era descendente de escravos e mãe de 5 filhos. Quando completou 30 anos, Henrietta começou a sentir um caroço na altura do útero, e escondia da família, as dores que sentia. Foi diagnosticado então um tumor cervical e foi envidado células a um pesquisador do Johns Hopkins Hospital. O câncer de Henrietta produzia metástases anormalmente rápidas, mais que qualquer outro tipo de câncer que os médicos conheciam.

Henrietta Lacks

Henrietta Lacks

Henriette faleceu, com diversos tumores, mesmo depois dos médicos alegarem o controle da doença. Após a morte de Henrietta Lacks, suas células continuaram sendo cultivadas para estudos devido a sua longevidade que era impressionante. As células foram distribuídas para diversos laboratórios do mundo todo. Até hoje em dia, elas são cultivadas em vários laboratórios em frascos de plástico com soro bovino. Elas foram usadas por Jonas Salk para produzir uma vacina contra poliomielite. Sendo assim, foram realizados com essas células, diversos trabalhos científicos.

Desde a morte de Henrietta, as células dela foram usadas continuamente em pesquisas e experimentos contra AIDS, câncer, mapeamento genético, efeitos da radiação e muito mais. Calcula-se que a quantidade de células existentes em todos os laboratórios seja maior que a quantidade de células da própria Henrietta Lacks em vida.

O caso de Henrietta Lacks foi abordado no livro “A Vida Imortal de Henrietta Lacks”por Rebeca Skoolt.

As Células HeLa²

São chamadas de imortais, as células HeLa, devido ao fato de se dividirem em um numero ilimitado de vezes, desde que sejam mantidas em condições ideias de um laboratório. Isso atribui-se devido as células possuírem uma versão modificada da enzima Telomerase, implicada no número de vezes que uma célula pode ser dividida e no processo de morte das células. Todas as células provêm da amostra retirada do tumor de Henrietta Lacks, talvez exista algumas que tenham sido contaminadas por outras células.

As células as quais foram retiradas por médicos, para serem estudadas, foram tiradas sem autorização. Porém, o que eles fizeram sem autorização, mudou a história da ciência para sempre!

As Células HeLa²

As Células HeLa²

Em uma ala do hospital que Henrietta estava internada, funcionava o laboratório de um médico fisiologista, George Gey. Ele era um pesquisador obsessivo, o qual possuía um grande objetivo de vida, “ele desejava encontrar células que sobrevivessem fora do corpo humano e que pudessem ser cultivadas em laboratórios”. Até o ano de 1951, ninguém tinha conseguido isolar células. Nessa época, o grande desafio da medicina era encontrar um meio onde as células pudessem sobreviver fora do corpo humano. George Gey misturava os mais improváveis ingredientes como, fetos de boi, plasma de galinha ou cordões umbilicais humanos.

Quando o médico de Henrietta surgiu com um pedaço de tumor para doar ao laboratório, Gey realizou o mesmo procedimento que fazia com todos os tecidos humanos que chegavam ao seu alcance, colocou a amostra do tumor na mistura e simplesmente torceu para que dessa vez desse certo. Foi então que aconteceu o inesperado, as células começaram a se multiplicar, como se estivesse em um corpo humano. O tumor de uma mulher doente e pobre tornou-se as primeiras células humanas multiplicadas em laboratórios. E levam o nome de imortal, pois elas até hoje não pararam de aumentar de número.

Três semanas após a descoberta, George Gey foi a um programa de televisão mostrar as células imortais, onde ele disse chacoalhando um tubo de ensaio aparentemente vazio, “aqui está uma criação de células cancerígenas. É com elas que vamos encontrar um fim para o câncer”. Enquanto isso, Henrietta que acabava de ser tornar fetiche da comunidade científica do mundo todo, começou a realizar o seu tratamento.

Um dos mais importantes avanços da medicina do século 20, foi a primeira conquista das HeLa, a vacina contra a poliomielite.

As células imortais estão presentes em diversas pesquisas e descobertas, não há uma grande descoberta no século 20, que ela não tenha sido envolvida, como desde a clonagem ao sequenciamento genético.

Detalhes Da doença De Henrietta Lacks

A doença surgiu quando Henrietta começou a sentir pontadas estranhas na barriga. Quando ia ao banheiro, sua urina as vezes  estava vermelha de sangue. Ela já tinha sido diagnosticada com sífilis, porém se recusava a fazer tratamento. Henrietta Lacks só aceitou ir ao hospital, quando a dor no útero tornou-se finalmente insuportável.

Henrietta estava internado no único hospital que atendia pessoas negras. Bastou uma simples olhada para que o médico diagnosticasse as causas dos desconfortos, um tumor no colo do útero, o qual tinha o tamanho de uma moeda, um brilho estranho e com uma coloração arroxeada. Naquela época, era de costume não explicarão paciente o que estava acontecendo, sendo assim o médico retirou uma amostra do tumor para analisa-la.

Ela não respondia mais aos tratamentos, os quais foram inseridos em seu útero, pedaços de radio. Henrietta foi diagnosticada com um tipo de câncer que normalmente os pacientes conseguem viver por mais 5 anos mais ou menos, porém o dela estava se espalhando rápido demais. Os médicos que não conseguiam compreender como em tão pouco tempo, os tumores haviam tomados a bexiga, os rins e boa parte dos intestinos. Herietta no dia 4 de outubro do ano de 1951, em meio a berros de dor, faleceu. Por mais triste que tenha sido a morte de Henrietta Lacks, foi a sua morte que fez com que ela estivesse presente até hoje, e tenha entrado para a história da ciência.

A Vida De Henrietta Lacks

Nascida no dia 1º de agosto do ano de 1920 em Roanoke, e falecida no dia 4 de outubro do ano de 1951 em Baltimore, Henrietta Lacks, foi a doadora involuntária de células cancerosas, as quais foram mantidas pelo cientista George Otto Gey, em cultura, para criar a primeira linhagem celular imortal de toda a história. Essa linhagem de células, usadas em pesquisas médicas, é conhecida atualmente como HeLa² o que tornou Henrietta Lacks bastante conhecida no meio científico.

Filhas de agricultores de tabaco e descendente de escravos, Henrietta passou boa parte de sua infância nas plantações de fumo.  Casou-se com o seu amor de infância, e sempre sonhou em ter vários filhos.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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