Diabetes Insipidus

A doença que conhecida como diabetes insipidus consiste num distúrbio do organismo que não consegue reter água da maneira correta por meio dos rins. Em consequência dessa não retenção de líquidos o indivíduo começa a ter um aumento na quantidade de urina (poliúria). Para se ter uma ideia uma pessoa com esse problema pode passar com facilidade da marca de 3 litros de urina por dia culminando em mais de 10 litros.

A nomenclatura da doença (insipidus) vem do fato de que a urina se torna muito diluída e fica insossa, isto é, sem um “gosto”. A diabetes melittus, por exemplo, é o contrário uma vez que o paciente elimina muita água e açúcar por meio da sua urina nas fases de em o diabetes está descompensado de maneira que passa a ter um aroma adocicado.

Os Tipos de Diabetes insipidus

A doença pode ser subdividida em três tipos que são: diabetes insipidus central, diabetes insipidus nefrogênico e diabetes insipidus gestacional.

Diabetes insipidus Central

O nome da doença tem ligação com o fato de sua origem ser o sistema nervoso central. Para entender como acontece o problema é importante saber que o hipotálamo e a hipófise (que são glândulas presentes na parte da base do cérebro) tem como função sintetizar o hormônio antidiurético que é chamado de ADH (ou vasopressina).

O hormônio ADH é importante porque ele tem ação nos rins e estimula a reabsorção de água de maneira a evitar que toda a água seja perdida através da urina. Se ocorre algum tipo de lesão nessa estrutura fica comprometida a produção ou mesmo a liberação de ADH de maneira que é reduzida a concentração do mesmo em nosso sangue o que causa a incapacidade dos rins filtrarem água que vai embora junto com a urina em quantidades muito grandes.

Diabetes insipidus Nefrogênico

Nesse tipo de diabetes ocorre a produção correta de ADH, porém, o hormônio não consegue funcionar da maneira correta por causa de problemas que acometem os próprios rins.

Diabetes insipidus Gestacional

Consiste numa forma fisiológica da doença que acontece durante a gestação em que acontece a produção de uma enzina pela placenta (cujo nome é vasopressinase) e que faz a destruição do hormônio ADH de maneira que aumenta a quantidade de urina. Essa é uma doença que costuma ter fim ao término da gestação.

Quais as Principais Causas?

Causas do Diabetes insipidus Central

Em geral a diabetes insipidus central ocorre devido a presença de tumores que ficam na região do hipotálamo. Dentre as principais causas estão doenças inflamatórias do sistema nervoso central como, por exemplo, histiocitose, sarcoidose além de outras doenças do tipo autoimunes como as chamadas hipofisites.

Além disso, ainda tem a possibilidade de um trauma no sistema nervoso central decorrente de um acidente também gere o problema. Por fim existem as causas possíveis, mas pouco comuns da doença que incluem infecções como meningite e toxoplasmose; ação de toxinas como veneno de cobra e alterações vasculares como por encefalopatia hipóxica.

Causas do Diabetes insipidus Nefrogênico

Essa variação de diabetes insipidus pode ser decorrente do uso de medicamentos que apresentam toxicidade aos rins como, por exemplo, pessoas que usam medicamentos com Lítio, demeclociclina, anfotericina B entre outros. O problema pode ainda aparecer em crianças que apresentem mutações genéticas que mudam o seu receptor de ADH ou então que apresentem alterações em suas proteínas que tem relação com a filtragem de água.

Conhecendo os Fatores de Risco

Os principais fatores de risco do diabetes insipidus é ter doenças ou fazer uso de medicamentos que causem problemas aos rins. Nos casos de pacientes que possuem histórico de doenças genéticas na família também existe um risco maior de desenvolver o problema.

Principais Sintomas

Volume de Urina

Pessoas que sofrem com diabetes insipidus terão um volume de urina anormal, mais de 3 litros por dia. Além disso, uma pessoa com essa doença costuma sentir sede constantemente preferindo líquidos gelados. Observe a urina, pois no caso da doença ela tem cor bastante clara e se mostra bem diluída. Pelo fato de ser uma doença constantes é normal que os pacientes urinem muito durante a noite também, o que recebe o nome de noctúria.

O Diagnóstico da Doença

Para que o médico possa fazer o diagnóstico dessa doença precisará observar alguns pontos como o histórico clínico da família. Será necessário ainda que o paciente passe por exames como de sangue e de urina para que o médico possa verificar quais são as concentrações de sódio e glicose bem como o quanto há de osmolaridade no sangue dessa pessoa bem como em sua urina. A confirmação da doença se dará por meio da medida do volume de urina de 24 horas.

Origem

Quando o médico faz o diagnóstico definitivo da doença é necessário que ele realize um teste funcional com o paciente para que possa determinar qual é a origem da diabetes insipidus dessa pessoa, pode ser central ou nefrogênico. O nome desse teste é Teste da Restrição Hídrica, basicamente restrição de água.

O procedimento é feito quase sempre com a internação do paciente que passa por um jejum de água para que sejam feitos exames a cada duas horas utilizando critérios de laboratório ou até que o indivíduo elimine peso. Quando isso acontece é feita a aplicação de hormônio desmopressina sintético que se parece bastante com o do ser humano.

Então é feita a observação de que maneira o paciente responde ao volume urinário bem como aos exames de laboratório que são feitos depois. O estudo torna possível saber que tipo de diabetes insipidus o pacientes tem em grande parte dos casos. Embora o ADH possa ajudar nesse procedimento não é feito por muitos laboratórios.

Outros Exames

Os exames mais convencionais feitos são os de sangue e urina, mas podem ser solicitados outros como os de ressonância magnética da hipófise ou então exame de imagem para saber como estão as vias urinárias. Quando existe a suspeita de causas específicas são realizados exames específicos para detectar o problema. O mais importante é ter o diagnóstico feito rapidamente para começar o tratamento.

Diferente da diabete comum que é relacionada o aumento de glicose ou a falta de insulina, a diabetes insipidus é uma forma rara da doença. As duas principais razões pelo seu aparecimento são: Algum problema no sistema nervoso central que impede que o ADH seja produzido e liberado, mesmo em situações de desidratação; ou um problema nos rins que deixam de responder a presença do hormônio. Nos dois casos o resultado é uma grande perda de água através da urina, denominada poliúria.

Diabetes Insipidus

Diabetes Insipidus

Ainda existem dois tipos de diabetes insipidus: Uma trata-se do nefrogênico, quando o ADH é presente, porém o rim não responde ao mesmo; e o outro é o central, quando o sistema nervoso central não produz o ADH. Os portadores desse tipo raro de diabetes apresentam intensa diurese, se desidratam muito facilmente, e por isso, bebem bastante água. Enquanto beber água, o portador não está sujeito a grandes complicações, a não ser o inconveniente de precisar urinar a todo o momento. Se o portador não repõe as perdas de água, é iniciado um processo de desidratação rigoroso, apresentando grande risco a sua vida.

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Categoria(s) do artigo:
Saúde

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