Variação de Peso e Problemas com a Tireóide

De acordo com especialistas, se a pessoa conseguir controlar seu peso corporal e mantê-lo sem muitas alterações, isso pode evitar possíveis problemas com a medicação usada para combater hipotireoidismo, já que o ganho de até cinco por cento de massa   corporal pode comprometer a eficácia do medicamento que é usado para compensar o déficit da glândula.

O tratamento no combate aos problemas na glândula tireóide requer muitos cuidados, pois a maioria das complicações da tireóide é crônica, não havendo cura somente controle da doença. Quando a glândula funciona mais lentamente ocorre o  hipotireoidismo, e a pessoa tem de consumir diariamente hormônios artificiais para suprir esse déficit. Quando o médico prescreve a medicação ele leva em conta o peso corporal de seu paciente. Se houver uma variação em torno de cinco por cento desse peso, esse percentual já é suficiente para interferir na eficácia da terapêutica utilizada.

Segundo profissionais especializados em endocrinologia, no início do tratamento o acompanhamento médico é feito a cada dois meses, com exames de sangue a cada a quarenta ou sessenta dias, quando o monitoramento do médico é maior  conseguindo detectar mais facilmente possíveis alterações de peso que possam afetar o tratamento. No entanto, com o espaçamento desse acompanhamento clínico, com exames a cada seis meses, em virtude da eliminação dos sintomas e ritmo orgânico  restabelecido, o paciente sem o controle do especialistas pode voltar  a ganhar peso em excesso, fazendo com que a medicação perca seu efeito, provocando o surgimento dos sintomas da doença novamente.

Um dos principais sintomas do hipotireoidismo é o aumento de peso corporal,já que como a tireóide trabalha mais lentamente, isso afeta todo o metabolismo corporal fazendo com que ele fique mais lento também, influenciando nos processos de estoque e queima de calorias. Outras complicações que podem surgir também são: Menstruação irregular, inchaço nas pernas, infertilidade, pele ressecada, cansaço e frio excessivos, entre outros.

Os especialistas orientam que o hormônio artificial por ser uma cópia do natural é considerado uma medicação, e como tal pode interagir com outras substâncias que são metabolizadas pelo corpo humano, sendo que o risco maior está na interação com os anticoncepcionais via oral, pois essa medicação atua aumentando uma proteína que liga os hormônios da glândula na corrente sanguínea, fazendo com eles diminuam sua atuação,possibilitando o retorno da enfermidade.

Em virtude desse problema de interação medicamentosa, os especialistas orientam que a paciente que apresenta problemas na tireóide deve sempre informar ao médico, quando ele  prescrever medicação contraceptiva na forma de  comprimidos.É aconselhável também fazer um novo exame de sangue a cada trinta dias depois do uso do medicamento para detectar se houve algum tipo de influencia na tireóide. Outra interação é com a soja que pode influenciar na eficiência dos hormônios artificiais. Por isso, se a pessoa tiver uma dieta em que consuma soja regularmente deve avisar a seu médico, para possíveis acertos nas dosagens prescritas.

Salete Dias