Violência Sexual no Congo

Os principais jornais do Brasil e do mundo tem em suas páginas notícias sobre a nova forma de violência cometida pelos rebeldes contra a população civil do Congo: o estupro de homens. A situação na República Democrática do Congo é muito grave, os conflitos que perduram por anos têm suas maiores vítimas na população civil, são mulheres bonitas, crianças e agora os homens que são humilhados barbaramente. O Congo segundo a ONU é o país com o maior número de casos de estupro no mundo, um recorde cruel, onde os ataques sexuais são praticados rotineiramente e em alguns casos considerados normais.

Os conflito que acontece no Congo iniciou por rivalidades étnicas e também pela disputa dos recursos naturais da região.  Os confrontos começaram com o genocídio ocorrido em Ruanda em 1994, e desde então as disputadas e retaliações não pararam mais. Os rebeldes do grupo étnico hutus desde então tem agido nas florestas do leste do país atacando com raiva e violência a população civil do grupo tutsis e os chamados hutus moderados. Segundo a ONU desde o primeiro confronto direto em 94 mais de 800 mil tutsis morreram. Em 97 o presidente do país foi exilado por força dos rebeldes e então Kabila assumiu o governo do país, mas logo se desentendeu com os rebeldes que lhe apoiavam e esses passaram a organizar outra rebelião, então contra o próprio Kabila que foi assassinado em 2001, e assim a guerra civil foi deflagrada em todo a região, envolvendo os países africanos de Angola, Namíbia, Zimbábue, Unganda, Burundi, Ruanda além do próprio Congo.  Em 2002 as tropas estrangeiras foram retiradas e foi estabelecido um governo provisório e o conflito parecia que tinha chegado ao fim.

Em 2006 o senhor presidente eleito desmobilizou vários grupos rebeldes que passaram a integrar o exército do país, no entanto um líder rebelde formou uma milícia para proteger os tutsi, e os conflitos voltaram a acontecer com maior intensidade. A ONU estima que são mais de 250 mil desabrigados, uma situação de emergência humanitária. Essas pessoas estão refugiadas, grande parte desnutridas e se dispersam em busca de alguma segurança.

Mulheres

Mulheres

Nesse contexto as atrocidades cometidas pelos rebeldes contra os refugiados são muitas vezes inenarráveis. Os crimes sexuais contra as mulheres sempre foram relatados como um problema naquela região, muitas vezes visto como normais pela sociedade local. Há milhares de relatos de mulheres que são estupradas coletivamente na frente da própria família, enquanto homens são forçados a praticas a mesma violência contra suas mães, filhas ou irmãs. Crimes cruéis que deixam marcas profundas na carne, na mente e no coração das pessoas violentadas, daquelas que são obrigadas a violentar e também de quem é obrigado a assistir. O aumento da violência parece chegar ao limite, além de casas queimadas e execuções sumárias, há relatos de violência sexual praticada contra os homens, homens estuprando homens, homens castrados e mutilados, uma forma cruel de humilhar esses civis. Hoje já se sabe que essa guerra desumana não é movida somente pela rivalidade entre etnias diferentes, mas sim pela ambição do homem. A luta é pelo controle das riquezas daquele país: ouro, diamantes, cobalto, nióbio e cobre.

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Categoria(s) do artigo:
Criminalidade

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