Por mais incrível que pareça, um adolescente acordou uma manhã e encontrou a palavra ARSE (que significa bunda em inglês) escrita com espinhas na sua testa. A vida social do garoto tem sido um inferno desde então.
As espinhas são motivo de constrangimento para muitas pessoas. E esse tipo de problema pode surgir tanto na adolescência, quanto na fase adulta, sendo mais comuns em peles oleosas.
Porém, na adolescência, é bem normal o surgimento de espinhas, principalmente no período da puberdade pois, nessa fase, os jovens costumam passar por grandes transformações hormonais.
No entanto, apesar de haverem bastante informações a respeito desse tipo de problema, ainda surgem dúvidas sobre as causas e os tratamentos mais indicados para cada caso. E, principalmente, o que fazer para evitar que as temidas espinhas surjam.
No post de hoje, vamos aprender um pouco mais sobre a acne, o que é, causas, tratamentos e muito mais. Continue lendo e tire todas as suas dúvidas.
O Que é Acne?
Antes de mais nada, precisamos definir o que é a acne. Trata-se de uma lesão provocada pela produção em excesso de sebo (oleosidade), proveniente das glândulas sebáceas.
A oleosidade excessiva obstrui os poros, contribuindo para a proliferação de bactérias, e também causa os famosos comedões, ou cravos, como são popularmente conhecidos.
Quando acontece a inflamação, é chamado de espinha. Podemos classificar essas condições em graus, conforme abaixo:
- Grau 1: que é a acne comedônica, e que é composto tanto por cravos abertos, quanto fechados.
- Grau 2: consiste na acne pápulo-pustulosa, que se apresenta na forma de lesões elevadas, avermelhadas e dolorosas, e que podem conter em seu interior uma secreção amarelada.
- Grau 3: composto pela acne nódulo-cística, com lesões nodulares, e que pode ter pus em seu interior.
- Grau 4: é a acne conglobata, que apresenta lesões maiores, e com uma saída maior de secreção. Tem grande tendência a formar cicatrizes.
- Grau 5: é a chamada acne fulminante, que passa por um processo inflamatório bem intenso na pele, e que pode causar mal-estar e febre. Também pode resultar em cicatriz.
Causas das Espinhas
São vários os fatores que podem levar ao surgimento de espinhas. E o motivo mais comum é o excesso de oleosidade. Quando a pessoa não faz uma limpeza correta, esse problema pode se agravar. Não lavar o rosto à noite e não retirar maquiagem antes de dormir, são exemplos de atitudes que podem favorecer o aparecimento de cravos e espinhas.
Confira abaixo alguns fatores que, juntos, colaboram para o surgimento e agravamento da acne:
1 – Colonização de bactéria: que tem a bactéria Propionibacterium acnes como a principal agente. Ela se alimenta de sebo que as glândulas sebáceas produzem.
2 – Dormir sem retirar a maquiagem: os resíduos de maquiagem causam obstrução nos poros, contribuindo com o aparecimento de cravos e espinhas.
3 – Hiperqueratinização folicular: nesse caso, há um aumento exagerado na proliferação de queratinócitos, que são as células da pele, e que contribui para o surgimento de comedões (cravos).
4 – Medicamentos: alguns medicamentos podem apresentar, como efeito colateral, o surgimento de espinhas, como é o caso dos corticoides, por exemplo.
5 – Resposta inflamatória e imunológica: pode acontecer de a contaminação de bactérias levar à liberação de alguns mediadores inflamatórios.
6 – Estresse: situações de estresse podem levar a um desequilíbrio hormonal, que pode aumentar a produção de oleosidade e favorecer o surgimento de cravos e espinhas.
7 – Alimentação: uma alimentação incorreta, com muitos doces, farinha branca e gordura, pode estimular a produção das glândulas sebáceas, resultando em uma pele ainda mais oleosa.
Tipos de Espinhas
Ao todo, existem 5 tipos diferentes de acnes. Confira abaixo as principais características de cada um deles, e qual o tratamento mais indicado para cada tipo:
- Acne comedônica ou não-inflamatória: é o tipo mais comum, e se caracteriza pela presença de cravos, em especial na testa, no nariz e na bochecha. O tratamento desse tipo de acne é baseado em substâncias de uso tópico como, por exemplo, o ácido salicílico, e também a tretinoína e os seus derivados.
- Acne fulminans: esse tipo de acne é mais grave e mais raro também. Nesse caso, as lesões costumam vir acompanhadas de alguns outros sintomas, como fraqueza, febre e dor muscular.
- Acne conglobata: esse tipo de acne se caracteriza pela presença de nódulos e de cistos inflamados, que se formam bem perto uns dos outros. É normal se formarem cicatrizes nesse tipo de situação. É por isso que, geralmente, é indicado a combinação do tratamento de ativos tópicos com sistêmicos o mais breve possível.
- Acne nódulo-cística: é um tipo que provoca nódulos inflamados, que também são conhecidos como espinhas internas. É comum, além de um tratamento tópico, também ser administrado isotretinoína oral e antibióticos.
- Acne pápulo-pustulosa: que se caracteriza por cravos e por espinhas dolorosas, inflamadas e com aspecto avermelhado. Em grande parte das vezes, também apresenta pus.
Normalmente, o paciente é orientado a usar ativos que apresentam um efeito anti-inflamatório, como o ácido salicílico ou o peróxido de benzoila. Também podem ser prescritos antibióticos tópicos, mas por um período pré-determinado. Caso o problema persista, a isotretinoína e antibióticos podem ser avaliados.
É muito importante lembrar que, antes de começar qualquer tratamento contra espinhas, é fundamental procurar um médico dermatologista, para saber qual o tratamento ideal para cada caso.
Qual a Diferença Entre Espinhas Internas e Externas?
As espinhas internas, conhecidas como pápulas eritematosas inflamatórias, caracterizam-se como lesões que não chegam a evoluir para pústula, se houver pus visível. Enquanto que a espinha externa fica com o aspecto de erupção.