Epidemia de Crack

O estado do Rio Grande do Sul lidera uma das maiores campanhas nacionais contra o uso do crack, e o governo liberou esta semana R$ 1 milhão para enfrentar essa luta desigual, pois enquanto muitos ainda discutem a liberação da maconha o crack avança rapidamente e de maneira trágica, sobretudo sobre os jovens brasileiros, tornando-se uma verdadeira epidemia. O crack é uma droga sintética, obtida através do subproduto do processamento da cocaína. Este subproduto tem o nome de merla e a ele são adicionados água e bicabornato de sódio formando as pedras de crack. A adição do bicabornato permite que a queima do crack apenas com o auxílio de cinzas, e assim a pedra é fumada em um cachimbos junto com cinzas. O crack veio substitur de forma muito mais violenta o uso da cocaina injetada, pois o efeito e a potencia das duas drogas é similar, ambas atingindo o cérebro com rapidez e violência.

Cardiovascular

Cardiovascular

Nas primeiras vezes o usuário tem uma sensação boa de euforia, a adrenalina sobe e o prazer instiga a usar novamente, e com 3 ou 4 pedras o indivíduo se torna dependente. É muito comum que após as primeiras semanas usando a pedra o usuário tente deixar porque não mais existe a sensação de euforia, o organismo se acostuma com o efeito alucinógeno e não produz a mesma manifestação, no entanto mesmo nesse curto período o usuário passa a ter crises de abstinência e acaba cedendo e novamente usando a pedra. Os médicos que tratam usuários de crack afirmam que é muito dificil abandonar o vício do crack sem ajuda profissional, é um caminho muito dificil de ser percorrido sozinho, é um trabalho duro mas que vale uma vida.

Doença

Doença

O crack é uma droga voraz, ela toma conta da vida das pessoas e também atinge todos os que estão perto. O usuário em pouco tempo passa a sentir o que eles chamam de fissura, e que é a necessidade eminente da droga no organismo, totalmente dependentes não conseguem manter uma vida normal, acabam abandonando seus relacionamentos, a família, estudo e também o trabalho, via de regra atividades incompatíveis com o uso do crack e pra manter o vício surgem dois caminhos: a delinquencia, o roubo ou a prostituição. Em São Paulo jovens meninas, prostitutas e  usuárias de crack formam o maior nicho de multiplicação da AIDS no Brasil.

Epidemia de Crack

Epidemia de Crack

O crack tem um efeito social devastador, no indivíduo e nas suas famílias, ao ponto de uma mãe chorando a morte do filho afirmar que apesar do sofrimento agora estará mais tranquila,  e essa não foi uma nota de egoismo como alguém pode pensar, foi uma nota de profundo sofrimento e de amor de uma mãe que viu o filho se mutilar e cometer atrocidades contra sí e contra os outros, de uma mãe que perdeu o filho para o crack.

Ao invés das autoridades discutirem projetos para liberarem o uso das drogas, podiam sim discutir uma política oficial específica para tentar combater essa epidemia do crack, que avança sobre os jovens dependentes de drogas de todas as camadas sociais, não são mais apenas os meninos de rua, mas os filhos de todos nós que estão sujeitos num momento ou outro entrarem por esse caminho de onde a volta é muito difícil.

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Brasil

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