Casos de Injustiça no Brasil

Dizem que a “justiça tarda, mas não falha”, mas para muitas pessoas que estiveram no banco contrário dos réus a história é bem outra. É muito comum no Brasil se ouvir falar de casos de julgamentos que não deixaram nem um pouco os inocentes ou vítimas contentes com os resultados. Dos julgamentos de crimes aos de políticos corruptos, o que todos esperam é sempre uma punição que sirva de exemplo, mas nem sempre é assim, e boa parte do “bom resultado” para quem cometeu o crime é devido as leis arcaicas do nosso país ou as famosas “brechas”, bem exploradas por brilhantes advogados.

A justiça no Brasil e em outros países do mundo pode acontecer, pode contentar, pode deixar mágoas de injustiça e fatos podem nem serem levados à julgamento, talvez, uma das piores decepções.

O Caso do Assassinato de um Cirurgião Plástico na Cidade do Rio de Janeiro

Alguns casos no Brasil, graças a mídia, ganham notoriedade, e depois acabam no esquecimento, não para os envolvidos, mas para opinião pública. Isso acontece principalmente quando a justiça é lenta nos julgamentos e decisão. O assassinato do cirurgião plástico OX Bismarchi é um exemplo de uma  justiçal lenta. Somente depois de 10 anos do crime é que a esposa da vítima, Ângela Bismarchi foi chamada para ser ouvida, assim como os acusados de mandante do crime, Sílvio Luiz Miranda e Luiz Fernando da Conceição e o caseiro do casal, João Marcelino de Lima.

O crime aconteceu em 2002, quando o cirurgião plástico foi assassinado dentro da sua casa na cidade do Rio de Janeiro, em uma área nobre da cidade. As primeiras investigações diziam que o homem de 55 anos teria sido assassinado depois de reagir com uma arma a um assalto. A sua família, porém, chegou a acusar a própria esposa da vítima como mandante do crime.

Outro Crime na Família de Ângela 10 Anos Depois

E para Ângela Bismarchi, por muita sorte, ela não foi uma segunda vítima desse assassinado, porque poderia ter sido presa acusada de mandante. Mas, outra investigações apontaram o caseiro do casal como principal suspeito do crime. Porém, Marcelino foi preso somente em dezembro de 2011 e no mesmo ano, outra pessoa também foi acusada do crime, Sílvio Luiz.

O caso ainda continua sem solução, mas a esposa da vítima se sente aliviada de ter escapado da acusação e por terem surgido novas pistas e novos suspeitos.

Aliás, Ângela ainda teve que viver com um outro pesadelo. A sua irmã, Angelina foi assassinada em 2012. Porém, parece que no caso da irmã, as investigações são mais claras. O ex-marido teria ido a casa dela e a encontrou com o namorado, o que gerou uma discussão, Angelina teria se suicidado com a arma que estava com o ex e o namorado dela, atirou em Márcio.

O Caso da Escola Base: Falsa Acusação Arruinou uma Família

Nem sempre o réu sai ileso ou é favorecido com decisão da justiça. Em alguns casos o réu é na verdade inocente, mas antes que isso fique claro, ele paga muito caro e isso também é injustiça.

Um caso muito famoso de injustiça no Brasil é o chamado da Escola Base, que teve a rua reta final desenhada em fevereiro de 2014, com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, a última instância que poderia recorrer o réu.

Tudo aconteceu em 1994, em um colégio de São Paulo chamado Escola Base, “a vítima” posteriormente favorecida pela recente decisão do STJ.  Duas mães fizeram denúncias contra a escola afirmando que as crianças que lá estudavam sofriam abusos sexuais por parte dos donos da instituição de ensino. As crianças tinham 4 anos de idade. O caso ganhou repercussão muito rápido porque passou a ser relatado pela imprensa. Porém, o inquérito que foi aberto para apurar os fatos terminou arquivado por falta de provas.

Sendo assim, os ex-donos da escola buscaram a justiça contra os meios de comunicação pelas falsas acusações sofridas. Até porque a escola foi completamente destruída por pessoas revoltadas com a suposta atitude dos donos. Todo esse processo, ao ver da justiça foi provocado pelas inúmeras matérias que os meios de comunicação publicavam antes mesmo dos réus serem condenados.

Os donos da escola chegaram até receber ameaças de morte. A última decisão do STJ condenou o SBT a pagar 100 mil reais para cada uma das pessoas envolvidas como vítimas no episódio da Escola Base alegando que a emissora colocou no ar “reportagens de conteúdo inverídico e sensacionalista”.

O Caso Daniella Perez, a Filha da Escritora de Novelas da Rede Globo

A vida pode ser mais dura e os fatos mais inesperados do que a arte, o que o diga a autora de novelas globais, Glória Perez. Tudo aconteceu em 1992, quando a filha da escritora, Daniella Perez deveria chegar até a Gávea, Zona Sul da cidade para participar de uma peça e não chegou. Depois  seu corpo foi descoberto e não demorou muito para os assassinos também serem desmascarados, Guilherme de Pádua, ator e colega da novela que estava gravando,  “Corpo e Alma”, escrita por sua mãe e a mulher dele, Paula Thomaz.

A condenação dos dois culpados demorou bem 4 anos, mas acabou saindo e marcou história graças a mobilização da mãe da atriz, que conseguiu reunir 1,3 milhão de assinaturas e foi aprovada uma emenda na Lei Criminal tornando homicídio qualificado, crime hediondo.

Os acusados foram condenados a quase 20 anos de prisão e Glória Perez declarou que parte da justiça tinha feita, “ a justiça possível”, disse na época.

Apesar dos quase 20 anos de reclusão, favorecidos pela lei brasileira, o “bom comportamento” de ambos, marido e mulher, fizeram com que eles fossem colocados na rua novamente depois de cumprir 6 anos em regime fechado. Boa parte deles, isolados e colocados em celas onde não sofressem nenhuma agressão, já que casos assim mexem muito com a opinião pública. Depois de saírem da cadeia foram convidados a participar de diversos programas de televisão, onde não só foram, como deram outra versão para o crime. A mãe da vítima sempre evitou comentar os fatos relatados pelo casal e os sempre julgou como dois psicopatas com muita “sede” de aparecerem.

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Categoria(s) do artigo:
Brasil

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