Censura em Pleno Século 21

Censura em Pleno Século 21

Quando ouvi falar desta notícia realmente senti um frio na espinha, ao lembrar dos anos em que não havia condição legal dos meios de informação de poderem realizar seu trabalho, eis que me deparo com um procedimento similar, maquiado sob o nome de notificação sobre violações às restrições impostas pelo CONAR. Falo notadamente agora do comercial da Cerveja Devassa, que, em miúdos nada cheira ao circo de horrores que certos senhores andam a armar, fazendo restrições, caça às bruxas e digamos, cortes em um comercial que nada tem a ver com sexualidade, e sim com comercialização de bebidas alcoólicas. Se querem fazer algo, regulamentem então as normas de comercialização de álcool por menores, se querem fazer algo que realmente apareça e seja decente, ao invés de ficar procurando cabelo em ovo e censurar “desenhinhos” somente por que supõe-se que a silhueta em questão é a de uma mulher sem roupa.

Censura em Pleno Século 21

A Ação da Schincariol

A Cervejaria Schincariol, detentora da marca, promoveu diversas ações de marketing para divulgar o lançamento da mesma nas mais diversas e possíveis mídias. Desde a montagem de camarotes no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, com a participação de diversos artistas em livre trânsito e cobertura de TV. Os comerciais foram veiculados exaustivamente durante os intervalos do desfile, através de sites na internet, revistas, enfim, todo o trabalho feito em cima de um nome. Inclusive a garota propaganda da marca, a socialite americana Paris Hilton, chegou ao país.

Brasil

O Motivo da Discórdia

O motivo para a “recomendação” de corte do comercial, segundo o CONAR, é o forte apelo sexual que foi demonstrado pela garota propaganda, Paris Hilton. Pelo que eu e a grande maioria viu, não passou de nada do que a população brasileira está acostumada com a massificante programação dos comerciais e programas da TV aberta. Ou será que estou enganado com a exposição do seminu e de danças prá lá de eróticas exibidas em pleno Domingo, no horário do almoço? Ou será que estamos enganados com a exploração de mulheres dançando igualmente sem muita roupa pelos grupos de axé baiano. Por incrível que pareça, essa foi a primeira reclamação feita ao CONAR, por um consumidor que se sentiu ofendido com a exploração sexual do comercial.

Ditadura

Onde será que ele vive? Deve estar mergulhado dentro do Oceano Atlântico dentro de uma concha, sem nenhum contato com a sociedade. A Segunda e terceiras reclamações partiram do próprio CONAR, definindo como irregulares uma promoção feita na internet que explicitava e induzia o jovem a beber (… ! …) e a terceira reclamação surgiu pelo fato de expor a mulher como mercadoria ou objeto, desmerecendo o valor da mulher. A opinião é que não deixa de ser arbitrário o ocorrido, pois há vários exemplos de condutas bem piores até do que a do comercial que rodam livremente pelas telas.

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Categoria(s) do artigo:
TV

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