Tudo Sobre Hipnotismo

O Que é Hipnose?

O estado mental de Hipnose é geralmente induzido por um processo que se chama indução hipnótica. São dadas algumas instruções prévias para a pessoa que se pretende hipnotizar, como sugestões. Existe a possibilidade de utilizar a hipnose com um objetivo terapêutico que é conhecido como hipnoterapia.

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Em suma podemos dizer que a hipnose consiste na relação daquela que comanda que é o hipnotista e o que é comandado que é o hipnotizado. Quem passa pelo processo de hipnotismo em geral relata um estado de alterações em sua consciência como se estivesse anestesiado.

Atualmente, profissionais que trabalham com hipnose tentam comprovar que não se trata de truque barato e nem apenas de meras sugestões dadas a alguém, mas sim de um fenômeno neurológico. Esse fenômeno acontece no meio do cérebro e pode alterar o estado natural das pessoas.

A História da Hipnose

A prática da hipnose começou no século XVIII e por mais incrível que pareça tudo começou com um médico alemão chamado Franz Anton Mesmer que defendeu uma tese de doutorado na Universidade de Viena. Nessa tese Mesmer tinha como proposição que a atração gravitacional entre a Terra e os demais corpos celestes causava problemas na saúde das pessoas através da manifestação de várias doenças mentais.

Mesmo sendo uma ideia sem muitos fundamentos a tese foi aceita e o médico diplomado em 1766.       Depois dessa tese estapafúrdia passar pelo crivo da Universidade o médico passou a ter outra crença sem lógica que era a de que o corpo humano tinha fluidos magnéticos que quando estavam desequilibrados causavam problemas de saúde. Assim o equilíbrio precisava ser corrigido.

Para fazer esse tratamento o médico pedia que o paciente ficasse sentado numa cadeira e olhasse em seus olhos. O médico pedia concentração de seus pacientes e utiliza outras técnicas que parecem com as que são usadas atualmente pela hipnose moderna.

Mesmerização

No ano de 1778 Mesmer foi expulso de Viena por não conseguir curar uma pianista que sofria de cegueira nervosa. O médico foi para Paris e passou a se vestir de roupa violeta e usar uma varinha de condão que, aliás, foi inventada por ele. A sua clínica se tornou um sucesso e em 1784 o rei Luís XVI pediu que uma comissão com importantes cientistas como Benjamin Franklin e Antoine Lavoisier investigassem os poderes do médico.

Eles concluíram que as teorias de Mesmer eram bobagens e que não passava de um charlatão. Porém, reconheceram que o médico tinha o poder de ‘mesmerizar’ as pessoas, essa palavra passou a ser um sinônimo de enfeitiçar.

Hipnose – O Nascimento da Palavra

Quando as técnicas de Mesmer foram proibidas logo a hipnose, que estava apenas nascendo, passou a ser feita em shows de circo. Entretanto alguns seguidores de Mesmer acreditavam em suas técnicas e continuaram a utilizá-las como tratamento. James Braid, um médico escocês que acredita nesse tipo de tratamento, trocou o nome de mesmerizar para hipnose para que houvesse uma melhor aceitação.

A palavra hipnose é uma referência a Hypnos que é a deusa grega do sono. O grande feito de Braid foi passar a dar para a hipnose uma abordagem mais científica. Foi então que nomes importantes como o francês Jean-Martin Charcot (1825-1893) (considerado como o par da neurologia) passaram a estudar as técnicas.

Outros estudiosos que passaram a ver a hipnose como algo mais sério foram o psicólogo russo Ivan Pavlov (1849-1936) e até mesmo Freud que hipnotizou pessoas no começo de sua carreira.

Hipnose Aceita Pela Ciência

Apesar de tantos nomes importantes terem emprestado seu tempo e conhecimento para ratificar a hipnose apenas foi aceita pela ciência em 1997 através de uma experiência realizada por um psiquiatra americano chamado Henry Szechtman com oito voluntários. Nessa experiência o cientista vendou as pessoas e colocou uma gravação que repetia “O homem não fala muito. Mas, quando ele fala, vale a pena ouvir o que diz”.

Ele desligou a gravação e pediu que as pessoas imaginassem o som. Novamente todos foram hipnotizados e o cientista disse que tocaria a gravação novamente o que não aconteceu, mas todos disseram ter ouvido. O que as pessoas tiveram foi uma alucinação definitiva causada pela hipnose.

O cérebro das pessoas foi monitorado durante a experiência e enquanto tocava a gravação e enquanto as pessoas passavam pela alucinação a atividade cerebral era idêntica. Isso permitiu ao cientista chegar a conclusão de que a hipnose realmente existe. Basicamente se trata de uma simulação da realidade que é mais forte que uma autosugestão ou que a mera imaginação.

Uma pessoa que é hipnotizada pode sim ver, sentir ou ouvir alguma coisa que seja apenas sugerida pelo hipnotizador.

Como Acontece a Hipnose?

Para descobrir como a hipnose acontece foram realizadas várias pesquisas e experiências. O que se descobriu é que durante a hipnose o sistema límbico (um pedaço primitivo do cérebro humano que é uma herança dos répteis e que processo sinais como o da dor) continuava trabalhando normalmente.

O que se desliga é o neocórtex que é uma região do cérebro que está presente somente nos mamíferos mais avançados e que ‘administra’ a nossa consciência. O neocortéx simplesmente passa a ignorar os sinais que são enviados pelo sistema límbico. Podemos fazer um paralelo de que o cérebro humano perde o contato com o cérebro de réptil que todos nós temos.

Dessa forma a pessoa que está hipnotizada não está dormindo, está consciente e sabe que está sendo hipnotizada. O sistema límbico além de dar sinais de dor também é o responsável por controlar a memória, o prazer, a fome, o desejo sexual, a desconfiança, vergonha e outros impulsos. Quando os seus sinais são ignorados pelo neocórtex a pessoa perde as suas referências e não tem resistência para fazer o que lhe mandam.

Usos da Hipnose

A hipnose pode ser usada para coisas como distrair as pessoas mandando alguém imitar ma galinha, mas também pode ser usada como terapia. Para se ter uma ideia o Conselho Federal de Odontologia regulamentou o uso da hipnose como um complemento da anestesia durante procedimentos odontológicos.

Também pode ser útil para ajudar pessoas que desejam parar de fumar, para pacientes com câncer que sentem fortes dores, depressão, ansiedade enfim para o controle e melhor bem-estar de muitas pessoas.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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