O Que é Macumba?

Macumba: O Que é?

Primeiramente, o termo macumba é usado como designação genérica dada a diversos cultos sincréticos praticados comumente no Novo Mundo, e fortemente influenciados no gera, por religiões a exemplos de Candomblé, cultos ameríndios, como outras crenças. Outra acepção do termo ’macumba’, é a de um instrumento musical de percussão antigo, uma espécie de reco-reco de origem africana. Essa segunda acepção é menos conhecida.

História da Macumba

O conceito de macumba criou tanta raiz na cultura popular brasileira, que são comuns expressões preconceituosas para demonstrar desagrado com a má sorte, como “chuta que é macumba”! e “xô macumba!”. São muito comum também usarem amuletos para espantar o azar, os quais vão desde adereços até objetos que remetem aos usados em cultos religiosos.

O termo macumba, popularmente é usado para designar genericamente e de maneira pejorativa os cultos sincréticos derivados de práticas religiosas e divindades dos africanos. Porém, ainda que a macumba seja confundida habitualmente com tais práticas religiosas, os seguidores e praticantes dessas religiões rejeitam o uso do termo para designá-las.

 Outros Significados Para Macumba

– na acepção mas popular do vocabulário, macumba está mais ligada ao emprego do feitiço, ebó, coisa-feita, “despacho”, mandinga, mironga, muamba.

– Câmara Cascudo: Ainda ao tempo das reportagens de João do Rio os cultos de origens africanas chamava-se candomblés, coletivamente, no Rio de Janeiro, como na Bahia, contudo reconhecendo-se duas seções principais, os alufás dos cultos muçulmanos e os orixás dos cultos nagôs, trazidos pelos escravos. O termo de “As Religiões do Rio”,mais tarde, estão inteiramente perdidas as tradições malês e no geral os cultos abertos dividem-se em terreiros e tendas.

– No Rio de Janeiro, diz-se mais comumente macumba do que candomblé, mas, na Bahia é mais comumente candomblé do que macumba.

– no livro de Paulo Barreto “As Religiões no Rio” de 1904, sob o pseudônimo de João do Rio escreveu: “Vivemos na dependência do feitiço, dessa caterva de negras e negros de babaloxás e yauô, somos nos que lhes asseguramos a existência, com o carinho de um negociante por uma amante atriz. O feitiço é o nosso vício, porém, o nosso gozo, a degeneração. Exige, damos-lhes: explora, deixamo-nos explorar e, seja ele maitre-chanteur, assassino, larápio, fica sempre impune e forte pela vida que lhe empresta o nosso dinheiro”. Macumba era definida como toda e qualquer manifestação mediúnica de curandeiros, feiticeiros, pais-de-santo, charlatões e todos aqueles que se dispunham a intervir juntos às forças invisíveis do além em troca de poder e dinheiro.

Capital da Macumba

Conhecida como a capital da macumba, a cidade de Codó localizada no estado do Maranhão,  relata histórias de que a cidade foi fundada por participantes de cultos afro-brasileiros. A cidade possui a maior porcentagem de terreiros pela área da cidade no Brasil. É na cidade de Codó, que vive o Bita do Barão, o pai de santo mais famoso do Brasil, com uma grande influência em Codó e em Teresina. Nessas duas regiões, Teresina e Codó, a macumba é mais conhecida como Terecô.

Gira no Congá

É a cerimônia da umbanda que começa com defumação e termina com desincorporação dos médiuns.

– Como entrar no congá? As pessoas devem tirar os sapatos em respeito ao solo,pois é sagrado. Chamada de gira, a cerimônia começa à noite, por volta das 20h, e os médiuns já estão lá quando os fiéis chegam, principalmente o sacerdote.

– Como ocorre a preparação do conga? Começa com a defumação, são queimadas em um braseiro ervas como o alecrim. O ritual que passar energia e purifica, é acompanhado de ponto cantado (cantigas).

– Na sequencia, o sacerdote ministra um tema de reflexão para aquele dia. Ocorre também a oração de abertura, os pontos de abertura, cânticos ao orixá regente e a apresentação da linha de trabalho desse dia. Depois há a saudação aos guardiões e guardiãs, onde todos viram em direção ao “altar” de Exu. Os fiéis saúdam, reverenciam e também pedem proteção aos guardiões do templo. Começa então a batida dos atabaques e são entoados os cânticos que invocam a linha de trabalho do dia. O primeiro a incorporar o orixá, é o sacerdote, que depois de receber sua entidade, comandará os trabalhos, conduzindo os médiuns. Cada um dos médiuns incorporará uma entidade só, porém, a mesma entidade pode se repetir. Como por exemplo, é possível haver dezenas de Pretos Velhos em um mesmo terreiro. Depois de todos incorporarem, começa o atendimento ao público. No final do atendimento, ocorre o ponto de subida, canto que embala a desincorporação dos médiuns. Na sequência é realizada uma prece final de encerramento e a gira no conga termina por aquela noite.

Despacho na Encruzilhada

Nem sempre oferenda quer dizer magia negra. O que são despachos na encruzilhada?

Os despachos feitos em cruzamentos de ruas ganharam fama de “macumba” devido ao fato de ser uma das expressões mais visíveis dessas religiões fora dos templos. Porém, na verdade, os despachos são oferendas para o orixá Exu, pedindo proteção geralmente.

Mas por que então, são colocados em encruzilhadas? São colocados nesses lugares porque esses locais representam a passagem entre dois mundos. Há despacho feitos para o mal das pessoas sim, mas nenhuma religião incentiva essa prática.

Os Orixás Mais Cultuados nos Terreiros

  • Oxalá – orixá da criação e “chefe” de todos os orixás no candomblé.
  • Iemanjá – orixá dos oceanos e mares. É a mãe dos orixás.
  • Oxum – é a patroa das águas doces, lagos, rios e cachoeiras.
  • Obaluaiê – associado à morte e à passagem para o plano espiritual
  • Ogum – orixá que forja e manipula metais para fazer suas armas.
  • Oxumaré – orixá dos ciclos, do arco-íris e dos movimentos.
  • Nanã – protege as chuvas e os pântanos. É a mais velha dos orixás.
  • Oxóssi- orixá da caça, da riqueza e da fartura, é o senhor da floresta.
  • Exu – protetor dos cominhos entre o mundo espiritual e material
  • Oçaim – orixá das ervas medicinais e das folhas sagradas.
  • Iansâ – orixá das tempestades e dos ventos, é uma entidade passional
  • Xangô – representa o trovão, o fogo, a justiça.

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Categoria(s) do artigo:
Religião

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