Origem do Feminismo: Movimento Pelos Direitos da Mulher

O termo feminismo pode ser usado para descrever o movimento político e cultural que visa estabelecer a igualdade de direitos para as mulheres. O feminismo envolve a preocupação com as questões das diferenças políticas e sociológicas entre homens e mulheres.

Os termos “feminismo” e “feministas” não eram falados até a década de 1970, entretanto, eles já haviam sido usados, um exemplo é o filme “Mulher do Dia”, de 1942, em que a personagem de Katherine Hepburn fala do “movimento feminista”.

A história do feminismo pode ser dividida em três épocas. A primeira onda feminista aconteceu no final do século XIX e início do século XX, a segunda foi nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira estende-se da década de 1990 até hoje.

Algumas Conquistas do Feminismo

O feminismo mudou diversas perspectivas dentro da sociedade ocidental, que vão desde a cultura até as leis. Ativistas do feminismo fizeram campanha para:

  • Pelos direitos legais das mulheres (direitos de propriedade, direitos de voto).
  • Pelo direito da integridade física e autonomia das mulheres.
  • Pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso aos métodos contraceptivos e pré-natal de qualidade para as gestantes).
  • Pela proteção de mulheres e meninas da violência doméstica, assédio sexual e estupro.
  • Por direitos no local de trabalho, incluindo a licença maternidade e igualdade de remuneração.
  • Contra a misoginia e contra outras formas de discriminação de gênero específicas contra as mulheres.

Durante grande parte de sua história, a maioria dos movimentos feministas teve líderes que eram predominantemente mulheres brancas de classe média da Europa Ocidental e América do Norte. No entanto, a partir de 1851, com o discurso de Sojourner Truth, uma empregada doméstica de origem escrava, para as feministas americanas, mulheres de outras raças se propuseram a participar dos movimentos.

As Ondas do Feminismo

Como foi dito, as feministas e estudiosos dividem a história do movimento em três “ondas”. A primeira onda refere-se principalmente aos movimentos dos séculos XIX e início do XX (principalmente relacionados com o direito das mulheres de votar).

A segunda onda refere-se às ideias e ações associadas com o movimento de libertação das mulheres no início dos anos 1960 (que fizeram campanha pelos direitos jurídicos e sociais para as mulheres). A terceira onda refere-se a uma continuação, que se iniciou na década de 90 e continua até os dias atuais.

Primeira Onda do Feminismo

A primeira onda do feminismo refere-se a um período prolongado de atividade feminista durante o século XIX e início do século XX, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Originalmente, centrou-se na promoção dos direitos iguais para as mulheres e da oposição ao casamento como forma de negócio e da propriedade das mulheres casadas (e de seus filhos) por seus maridos.

No entanto, até o final do século XIX, o ativismo se manteve focado principalmente na obtenção de poder político, em particular o direito do voto feminino. No entanto, as feministas, como Voltairine de Cleyre e Margaret Sanger ainda estavam ativas na campanha voltada para os direitos sexuais, reprodutivos e econômicos neste momento. Em 1854, Florence Nightingale fez com que as enfermeiras fossem aceitas no exército para atender os militares.

O termo “primeira onda” foi criado de forma retrospectiva, depois que o termo segunda onda do feminismo começou a ser usado para descrever um movimento feminista mais recente, que focava mais na luta contra as desigualdades sociais e culturais, como as desigualdades políticas.

Segunda Onda do Feminismo

A segunda onda do feminismo refere-se ao período que começou no início de 1960 e durou até o final de 1980. O estudioso Imelda Whelehan sugere que a segunda onda foi uma continuação da fase anterior do feminismo, envolvendo as feministas do Reino Unido e Estados Unidos.

A segunda onda do feminismo seguiu e teve sua continuidade com o que é chamado de terceira onda do feminismo. O estudioso Estelle Freedman compara as duas primeiras ondas dizendo que a primeira onda focada em direitos, ao passo que a segunda onda já esteve bastante preocupada com outras questões de igualdade, como acabar com a discriminação, por exemplo.

Terceira Onda do Feminismo

A terceira onda começou no início da década de 1990. Surgiu como resposta às falhas percebidas na segunda onda e também à reação contra iniciativas e movimentos criados pela segunda onda.

A terceira onda visa contestar ou evitar o que considera definições essencialistas da segunda onda da feminilidade, como, por exemplo, enfatizar os direitos apenas de mulheres brancas de classe média alta.

O feminismo da terceira onda também conta com debates internos entre as diferenças feministas, como a psicóloga Carol Gilligan (que acredita que há diferenças importantes entre os sexos) e aqueles que acreditam que não há diferenças intrínsecas entre os sexos e afirmam que os papéis de gênero são devido ao condicionamento social.

O Pró-Feminismo

O chamado pró-feminismo é o apoio ao feminismo sem a obrigatoriedade de que o indivíduo seja um membro do movimento feminista. O termo é mais frequentemente usado em referência aos homens que apoiam o feminismo e se esforçam para que a igualdade de gênero se faça valer.

As atividades dos grupos de homens pró-feminismo incluem campanhas contra a violência, a favor da descriminalização do aborto, igualdade de salários, ou seja, a igualdade de direitos de homens e mulheres.

Algumas feministas não veem com bons olhos a participação de homens no movimento. Entretanto, a maioria concorda que quanto mais pessoas se engajarem na causa, melhor.

O Anti-Feminismo

O chamado anti-feminismo é oposição ao feminismo em algumas ou todas as suas formas. Escritores como Camille Paglia, Christina Hoff Sommers, Jean Bethke Elshtain e Elizabeth Fox-Genovese foram rotulados de “anti-feministas” por feministas. Daphne Patai e Noretta Koertge argumentam que, dessa forma, o termo “anti-feminista” é usado para silenciar o debate acadêmico sobre o feminismo.

Alguns defensores dos direitos matrimoniais criticam as feministas que tomam a visão de que o casamento é uma forma de escravidão para as mulheres, e que a liberdade feminina não será conquistada sem a abolição do casamento.

Como vimos, um mesmo movimento possui membros com ideias bastante distintas. Cabe a cada mulher, ou homem, lutar pelos direitos que acredita.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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