O Cultivo De Pérolas: Características Gerais

A arte de cultivo de pérolas é um processo longo e delicado. Homem estava tentando descobrir o segredo da beleza exótica, já em 1000 AC, mas não foi até o início de 1900 que os conceitos se desenvolveram de maneira considerável. Existem dois processos de cultivo principais conhecidos com nucleadas e não nucleadas, usadas para espécies de água salgada e doce, respectivamente.

O Cultivo De Pérolas: Características Gerais

O Cultivo De Pérolas: Características Gerais

Processos Do Cultivo De Pérolas

A cultura do processo de pérolas começa no mar. Ostras ainda não são concebidas em fazendas; espécies jovens são encontradas na natureza e recolhidas por mergulhadores no fundo do mar. As ostras são recolhidas com a ajuda do barco pérola, que serve como plataforma dos mergulhadores e transportam milhares de ostras vivas em seus tanques. Existem duas barras compridas (cerca de dez metros de comprimento), que se estendem para fora a partir de um dos lados do barco.

Com a ajuda das barras, mergulhadores podem operar simultaneamente sobre a parte inferior do fundo do mar em profundidade de vinte metros. Interessante notar que a embarcação desviar junto com a maré.

A bordo do barco de pérolas, as ostras são contadas, limpas e pesadas. Em seguida, colocadas em estrutura de metal, entre camadas de rede de nylon. Os painéis devem ter entre seis e nove conchas. As ostras são depois transportadas para o tanque de água salgada, em área de retenção, a fim de recuperar por consequência da tensão da sua captura.

Processos Do Cultivo De Pérolas

Processos Do Cultivo De Pérolas

Em poucos meses os painéis são levantados da água, quando as ostras são abertas e semeadas por técnicos. O processo envolve a inserção da ostra em núcleo, com pequeno pedaço de corte a partir do manto de ostra nas proximidades. O núcleo é feito com casca retirada dos mexilhões norte-americanos e do manto – a parte do lábio de ostra carnuda que segrega o nácar.

Verificou-se que a casca de mexilhão da América do Norte representa melhor material para o núcleo de pérola, isso porque ela é menos provável de ser rejeitada pela ostra. No entanto, devido à grande procura na indústria, as cascas são muito caras.

Uma vez que o processo de semeadura é concluído, as ostras voltam para a área de exploração em seus painéis, no sentido de fazer convalescença adicional. Vários meses depois, as conchas são transportadas, às vezes até duas mil milhas náuticas de distância, para bases remotas de cultivo.

Fazendas De Pérolas

As fazendas de pérolas são localizadas em áreas abrigadas com marés ativas. A costa norte da Austrália Ocidental, por exemplo, representa localização ideal, visto que não há praticamente qualquer poluição da água, poucas pessoas, e as marés constantes de até dez metros. As marés grandes alimentam a ostra com uma rica mistura de alimentos orgânicos. Esses locais também são escolhidos pela sua proteção geográfica de ciclones.

Quando chegam às fazendas, as conchas das ostras são suspensas a partir de sistemas de cultura. Os painéis que prendem as unidades são pendurados em linhas longas, como varais subaquáticos apoiados por boias. Eles são cuidados diariamente por trabalhadores rurais que realizam o manejo intensivo necessário para os próximos dois anos.

Colheita Das Pérolas

As pérolas são colhidas durante os meses de junho e setembro. Uma vez que foram retiradas das ostras, são classificadas pela forma e tamanho. As ostras são semeadas de novo e o ciclo recomeça.

A ostra saudável pode ser replantada até quatro vezes com um novo núcleo. Como ela cresce, pode acomodar núcleos de pérola maiores de maneira progressiva. Portanto, as maiores são suscetíveis de virem nas mais antigas. As improdutivas ainda são valiosas: o interior coberto de nácar é comercializado como mãe-de-pérola e sua carne seca vendida como iguaria.

Pérolas De Água Doce

Pérolas de água doce são cultivadas em mexilhões, principalmente no Japão e na China. Durante o processo de implantação, apenas o tecido é inserido no manto do mexilhão. Em contraste com a água salgada, podem produzir dez ou mais pérolas de uma só vez, desde que seja inserido o número necessário de tecidos do manto. Porém, o período de colheita é menor e os mexilhões de água doce não são replantados tantas vezes como os salgados.

Desenvolvimento Das Pérolas

A pérola está formada quando o tecido do manto é ferido por parasitas. Ataques de peixes ou outro evento que prejudica o aro externo pode prejudicar a produção. Em resposta, o tecido do manto do molusco segrega nácar no saco de pérolas, um cisto que se forma durante o processo de cura.

Quimicamente este é o resultado do carbonato de cálcio e da proteína fibrosa. Como o nácar se acumula em camadas de comprimidos de aragonita, de maneira eventual se forma pérola. Neste sentido, representa mito a ideia do grão de areia ou cascalho formar a joia, mesmo porque o nácar não adere às substâncias inorgânicas.

Não se pode ignorar o fato de que pérolas naturais são formadas por natureza, mais ou menos ao acaso. Por outro lado, as cultivadas são criações humanas formadas através da inserção de enxerto de tecido a partir de dador de ostra, sobre a qual se forma a pérola do saco, bem como a face interna dos precipitados de carbonato de cálcio sob em formato de madrepérola.

Ostras são colocadas em água quente para relaxar e ser aberta. Uma pequena incisão é feita e as sementes inseridas, junto com pedaços pequenos de glândula manto. A ostra é então colocada de volta na água e deixada durante vários anos para o revestimento da semente com a madrepérola. O parasita fica revestido em diversas camadas de nácar, de modo que, se as pérolas são serradas ao meio as camadas visíveis podem ser vistos.

Indústrias De Pérolas

O processo de cultura de pérolas foi desenvolvido pelo biólogo britânico William Saville-Kent, na Austrália. A técnica chegou ao Brasil pelo Japão por Tokichi Nishikawa e Mise Tatsuhei. Nishikawa, em 1916.

Na atualidade, quase cem por cento de todas as pérolas vendidas no mundo são pérolas cultivadas. Vale ressaltar que as pérolas cultivadas muitas vezes podem ser distinguidas das naturais através do uso de raios-X.

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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