Sócrates

O que sabemos sobre Sócrates é o que seus contemporâneos (principalmente seu estudante Platão) escreveram sobre ele: nas obras Diálogos de Platão, nas peças de Aristófanes e nos diálogos de Xenofonte. No início da guerra do Peloponeso, por volta dos trinta a quarenta anos de idade serviu ao exército em algumas das batalhas enfrentadas por Atenas, sua cidade natal, fato que usaria como referência em algumas defesas quanto a sua postura filosófica: Diz que aqueles que diziam para ele se afastar da filosofia dado o risco de morte haviam de pensar que um soldado deveria fazer o mesmo em campo de batalha. Aristocrata, pôde estudar filosofia e as artes do debate. Tornou-se um tutor para figuras importantes.

Filosofia e religião

Sócrates

Sócrates

É creditada a este filósofo a tentativa de libertar seu povo da tirania e de crenças estabelecidas. Ele questionava a ética e religião Homérica, e apesar de levar a sério os oráculos acreditava que os deuses não eram guias para moralidade. Ao invés do caos criado pela natureza passional dos deuses gregos, Sócrates acreditava que o universo era guiado por deus com senso de propósito, que era a fonte da consciência e moralidade humanas.

Crendo na bondade criada por deus e que os homens deviam apenas tentar espelhar essa bondade, dizia que conhecimento e verdade melhoravam a alma do homem e diminuíam a distância de deus, caracterizada pelo erro e confusão. Ele tentava então debater com as pessoas para lhes auxiliar a deixar a ignorância.

Método socrático

Biografia

Biografia

Sócrates usava um discurso em que através da ironia e maiêutica (levar a pessoa a induzir a solução de sua própria questão) fazia o interlocutor entrar em contradição, provando assim que seu conhecimento é limitado. A própria maiêutica é por muitas vezes referenciada como o método de Sócrates.

Julgamento e morte

Filósofo

Filósofo

Para muitos em Atenas, Sócrates não passava de um falador tolo, em uma peça de Aristófanes ele é até mesmo desprezado. E embora não fosse diretamente politicamente ativo, talvez por estar associado a aristocratas que apoiavam a oligarquia espartana, os políticos da democracia ateniense logo o acusaram de não crer nos deuses do estado e corromper jovens com suas palavras.

No julgamento, admitiu não crer nos deuses mas declarou-se sem intenções de corromper seus compatriotas atenienses. Sócrates alegou que ao invés de persegui-lo eles deveriam então dizer-lhe qual era a linha de pensamento a seguir. Ainda assim foi sentenciado à morte, mas podia apelar por uma pena mais branda. Quando ao invés disso Sócrates fez foi dizer que não deveria ser condenado por ser um benfeitor, a sentença foi fixada em morte por ingestão de um cálice com veneno.

Conta-se que ele enfrentou seu fim com coragem e serenidade declarando seu amor por seus companheiros atenienses e dizendo que jamais abandonaria a filosofia. Sua influência foi tão grande que divide-se os filósofos gregos entre pré-socráticos e pós-socráticos.

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Categoria(s) do artigo:
História

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