História da Música: Dos Primórdios aos Clássicos

Música, a arte de combinar o silêncio com os sons. A música está enraizada na nossa vida, desde o rádio tocado até no toque no celular. As torcidas de futebol cantam músicas em conjunto para estimular o time, muitas vezes sem instrumentos de bateria, fato considerado como canto a capela. A música está presente nas mídias por representar forma comunicação considerada universal. Pode ser usada para sensibilizar outras pessoas com diversos objetivos, como: Religiosos, publicitários, protestos, entre outros fenômenos positivos e negativos. Nasceu junto com a origem do ser humano. Conheça a história da música.

Primórdios

Cientistas dizem que no momento de organização dos seres humanos surgiu também a música. Há relatos que evidenciam a forma de arte em tribos africanas existentes há cinquenta mil anos. Durante a pré-história os homens já utilizavam esta cultura no sentido de explorar as crenças folclóricas. Há artefatos que demonstram imagens de dançarinos com roupas diferentes dos demais presentes no público. Estão dançando a música tocada por músicos retratados com instrumentos ligados aos batuques ou sopros. Os sumérios, existentes na Mesopotâmia antes das tribos da época de Cristo, cantavam inúmeros hinos e cantos salmodiados, considerada como primeira evidência de música religiosa em todo planeta, influenciando de forma direta culturas babilônicas e judias que posteriormente ocuparam a região.

Egito: 4.000 A.C.

O costume da agricultura e das crenças estava presentes no alto nível de expressão musical deste povo. Foi nesta cultura que o uso da harpa se proliferou ao mundo. Os músicos tocadores e compositores tinham níveis de vida elevados se comparados com a rotina dos camponeses. As flautas e outros instrumentos de sopro também eram naturais nos conjuntos musicais. Do mesmo modo, a presença do canto e das percussões foi marcante.  Rituais sagrados cantados no topo das pirâmides eram treinados em coro pelos sacerdotes. Trompetes e tambores anunciavam a presença ou discurso das solenidades.

Egito: 4.000 A.C.

Egito: 4.000 A.C.

Ásia: 3.000 A.C.

As expressões musicais estavam presentes principalmente nas culturas indianas e chinesas, que por sua vez, acreditavam  nas vibrações positivas das músicas para espantar os maus espíritos. As duas nações tinham crenças de que o som representava fiel espelho das ordens dos universos. O China elaborava instrumentos musicais complexos, como as citaras, compostas por conjuntos de percussão e flautas em escala pentagônica, ou seja, com cinco tons distintos.

Século V A.C.

Somente na Antiguidade Clássica, as músicas passaram por reformulações e esquematizações teóricas. A maioria das peças musicadas foi elaborada por autores gregos que levavam em conta as letras alfabéticas na formação de esquemas com quatro acordes nas letras. Pitágoras, por exemplo, foi um dos filósofos que mais pensou sobre a música na Grécia Antiga.  O pensador compreendia música e matemática como conjunto perfeito para desvendar os grandes segredos do mundo. Aos gregos o universo cantava, por este motivo, existiam inúmeras composições que acompanhavam as tragédias vividas os palcos. Os romanos incorporaram diversas culturas dos gregos depois da dominação do império de Roma na região grega. Na música aconteceu o mesmo, ou seja, a herança grega forneceu não somente composições como também instrumentos musicais, caso dos trompetes retos e órgãos com tubos pressionados via água.

Século V D.C.

A igreja católica dominava a Europa e por isso comandou a cultura do velho continente. Esteve presente inclusive nas melodias musicais do momento, cantadas em gregorianos nas cerimônias. Historiados apontam que esta forma do canto pré-data de anos antes do nascimento de Cristo, cultuado em sinagogas do Oriente Médio. Porém, a patente histórica ficou por conta da homenagem prestada ao Papa Gregório I. No século IX se desenvolveu as músicas polifônicas compostas por mais de uma melodia na mesma música. Já no século XII se expandiram pelo continente os compositores da conceituada escola de Notre Dame.

Século V D.C.

Século V D.C.

Música Renascentista

A partir do século XIV os músicos, com compreensões globais, pretendiam comparar músicas com expressões universais, evitando falar em músicas da igreja que dominaram o mundo por mais de mil anos. O impressionismo assumia a tona com sonoridades com alto nível de variações nas melodias. Autores que se destacaram nos madrigais cantadas em outras línguas sem ser latim, principalmente entre compositores italianos e alemães. O madrigal foi feito para ser cantado entre duas e quatro pessoas. Thomas Weelkes é considerado como o maior compositor deste tipo de música

Música Barroca

Depois do movimento renascentista a música barrica surge no começo do século XVII e esteve no ápice por mais de cem anos. Ao contrário de outras manifestações artísticas barrocas conhecidas pela simplicidade, a música tinha tema dramático e com alto nível na elaboração. Alguns especialistas em história da música afirmam que neste momento surgiu a ópera musical. Vale destacar alguns nomes que fizeram sucesso antes da ascensão do estilo clássico:

  • Inglaterra: Handel
  • França: Lully e Rameau
  • Itália: Antonio Vivaldi
  • Alemanha: Johann Sebastian Bach – maior representando do barroco em toda história
Música Barroca

Música Barroca

Música Clássica

Momento no qual surgiram esquematizações tidas como perfeitas até os dias de hoje. Marcado pelas primeiras composições de Mozart e Bethoven. As orquestras se formaram em nível profissional e passaram a ser mais valorizadas ao redor da Europa. A etapa histórica ficou conhecida pelo direcionamento às composições que pela primeira vez trouxe maior valor às músicas para instrumento do que ao canto. Surgiram as sonoridades exclusivas para os pianos. Crescimento de composições em Sonata, obra de muitos movimentos para até dois instrumentos, e sinfonias – conjuntos de sonatas direcionadas às orquestras. Sinfonias clássicas são repartidas em longos movimentos. Especialistas atestam que os compositores aperfeiçoaram as duas lendárias sinfonias barrocas: Mozart e Haydn. Concertos se prolongaram pelo mundo, caracterizados pela luta entre os solos dos instrumentos a as bases das orquestras. O mesmo sucesso foi conquistado pelas óperas dos italianos que se prosperou principalmente com o surgimento do movimento romancista, que valorizada a intensidade das emoções e sentimentos exprimidos de forma profunda. Junto com o romantismo, o nacionalismo conquistou a ascensão na qual os compositores expressavam as expressões culturais do próprio povo. As valsas de Johann Strauss representam exemplos de sonoridade nacionalista.

Principais Compositores de Música Clássica

  • Haydn
  • Mozart
  • Beethoven
  • Gluck
  • Chopin
  • Schumann
  • Wagner
  • Verdi
  • Tchaikovsky

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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