A Carreira de Hitchcock – Mestre do Suspense

O cineasta inglês Alfred Joseph Hitchcock nasceu em Londres no dia 13 de agosto de 1899 e faleceu em Los Angeles no dia 29 de abril de 1980. Conhecido no mundo todo como o diretor da icônica cena de “Psicose” em que Janet Leigh é esfaqueada num chuveiro, Hitchcock ofereceu muito mais para a sétima arte.

A Obra de Alfred Hitchcock

Em toda a sua carreira Hitchcock produziu 54 filmes, 03 curta metragens e 127 episódios de séries para a TV. Saiba mais sobre a carreira de um dos diretores de cinema que marcou a sua passagem com grandes filmes e mesmo em suas obras menos conhecidas demonstrou toda a sua personalidade.

Como Começou a Carreira de Alfred Hitchcock

Hitchcock nos deixou em 1980, mas até hoje os seus filmes são importantes na história do cinema. Os filmes que mais ganharam destaque em sua carreira foram “Psicose”, “Janela Indiscreta”, “Os Pássaros” e “Um Corpo que Cai”. O começo da sua carreira foi aos 14 anos de idade quando deixou a escola para trabalhar numa empresa que produzia cabos elétricos.

O cinema entrou na vida de Hitchcock em 1920 quando ele foi contratado para fazer as telas de texto que continham os diálogos dos filmes mudos da Paramount Pictures. Devido a amizade que fez com os produtores e pelo fato de ter facilidade em elaborar roteiros logo Hitchcock passou a ser o cenógrafo além de assistente de direção. Foi em 1925 que ele teve a sua primeira oportunidade para dirigir um filme, o melodrama de 75 minutos “The Pleasure Garden”.

O Mestre do Suspense

Os indícios de que Hitchcock iria enveredar pelo caminho do suspense apareceram quando em 1926 ele dirigiu o filme “O Inquilino”. Esse filme foi baseado em histórias de algumas vítimas do temido serial killer Jack, o estripador. Mesmo tendo feito algum sucesso com o público quando foi lançado esse filme acabou sendo deixado de lado quando foram analisados os principais filmes desse cineasta.

Expressionismo Alemão

Confira o filme “O Inquilino” e perceba que já nesse trabalho o diretor mostra o seu gosto pelo estilo expressionista alemão em que é possível ver cenários sombrios, sombras e imagens distorcidas que funcionam como um elemento de terror entre os personagens.

Hitchcock Até 1940

A carreira de Hitchcock deslanchou mesmo a partir de 1940, pois foi o ano em que ele foi para os Estados Unidos onde realizou os seus principais sucessos. Antes de chegar e conquistar a América o diretor trabalhou em filmes que fizeram um relativo sucesso na Inglaterra como Chantagem e Confissão (Blackmail) de 1929, O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much) (1933), A Dama Oculta (The Lady Vanishes) (1938) entre outros.

Curiosidade – O filme “O Homem que Sabia Demais” fez bastante sucesso e se tornou ainda mais famoso ao ser refilmado pelo próprio diretor em 1956.

Hitchcock em Hollywood

A estreia do diretor em Hollywood não poderia ter sido melhor, pois o filme “Rebecca: A Mulher Inesquecível (Rebecca)” de 1940 ganhou o Oscar de melhor filme, o único da carreira do diretor. O longa era sobre um relacionamento entre uma jovem e um viúvo misterioso que eram vividos por Joan Fontaine e Laurence Oliver.

Hitchcock passou a trabalhar no ritmo de produção de um filme por ano tendo sido o título seguinte “Correspondente Estrangeiro (Foreign Correspondent)” que foi indicado para o Oscar de melhor roteiro e direção, mas que não levou.

Outros Estilos

Embora conhecido como o mestre do suspense, Alfred Hitchcock, também se aventurou em outros gêneros como o filme de comédia romântica Um Casal do Barulho (Mr. & Mrs. Smith) e um filme do tipo ‘filme de guerra’ Um Barco e Nove Destinos (Lifeboat).

Ainda na década de 40 Hitchcock lançou filmes como Suspeita (Suspicion), Sabotador (Saboteur) e A Sombra de Uma Dúvida (Shadow of a Doubt) um filme com um estilo noir que foi indicado ao Oscar de melhor roteiro e que mesmo não ganhando até hoje é tido como um clássico do estilo. Outros filmes lançados na década de 40 foram Quando Fala o Coração (Spellbound), Interlúdio (Notorious), Agonia de Amor (The Paradine Case) entre outros.

Anos 50 – O Seu Auge

Na década de 50 Hitchcock chegou ao auge de sua carreira com filmes como Pavor nos Bastidores (Stage Fright) que tinha a belíssima atriz Marlene Dietrich, Pacto Sinistro (Strangers on a Train) considerado um dos melhores filmes de sua carreira, Disque M Para Matar (Dial M for Murder) que foi filmado todo num único cenário sem perder o suspense, Janela Indiscreta (Rear Window), com os atores James Stewart e Grace Kelly.

Em 1956 houve a refilmagem de O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much). Outros dois grandes sucessos dessa década foram Um Corpo que Cai (Vertigo) e Intriga Internacional (North By Northwest), com Cary Grant. Apesar de na época os filmes não terem tido boa recepção hoje são considerados clássicos.

Anos 60 – O Reconhecimento

Na década de 60 Hitchcock finalmente conquistou o sucesso mundial e o seu jeito de fazer filmes de terror começou a ganhar notoriedade. O filme Psicose (Psycho), seu maior sucesso, teve difíceis problemas nos bastidores que foram mostrados num filme recente chamado “Hitchcock”.

O filme que veio em sequência foi “Os Pássaros (The Birds)” que contava a insólita história de uma invasão de pássaros numa pequena cidade americana. Nessa década ele ainda lançou filmes como “Marnie, Confissões de Uma Ladra (Marnie)” com o ator Sean Connery, Cortina Rasgada (Torn Curtain) com a estrela da época Paul Newman que teve problemas com o diretor sendo que Hitchcock prometeu nunca mais trabalhar com o ator.

Anos 70 – O Fim da Carreira de Hitchcock

Como uma forma de amenizar a injustiça do cineasta nunca ter ganho um Oscar de melhor diretor a academia lhe concedeu em 1968 o Prêmio Irving Thalberg pelo conjunto da obra. O diretor que ficou meio sumido nos 1970 lançou mais dois filmes antes de encerrar a carreira “Frenesi (Frenzy)” em 1972 e em 1976 o longa “Trama Macabra (Family Plot)”.

Hitchcock Apresenta

No ano de 1955 o canal de TV norte-americano CBS exibiu a série “Hitchcock Apresenta” produzida pelo cineasta. Apesar de não ser muito lembrado ou conhecido esse programa foi considerado pela Revista Time como um dos 100 melhores produtos produzidos pela TV de toda a história.