Diferença Entre Cogumelo Comestível, Venenoso e Alucinógeno

Cogumelos

O nome de cogumelo é dado para as frutificações de alguns fungos que pertencem as divisões Basidiomycota e Ascomycota. Essa frutificação é a estrutura que os fungos utilizam para a sua reprodução sexuada. Os cogumelos podem ser encontrados sob várias formas e cores.

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Uma característica interessante dos cogumelos é que alguns deles são comestíveis como, por exemplo, Agaricus sylvaticus, Pleurotus spp e Agaricus blazei entre outros. Esses cogumelos são cultivados com cuidados especiais para que possam ser ingeridos sem problemas.

Alguns tipos de cogumelos são tóxicos podendo inclusive levar o homem a morte. Existem ainda cogumelos com propriedades medicinais como, por exemplo, o Penicillium a partir do qual foi criado o antibiótico penicilina. Outros cogumelos possuem propriedades psicoativas sendo conhecidos como alucinógenos.

Muitos povos utilizam esses cogumelos alucinógenos em rituais. O cogumelo psicoativo mais famoso do mundo é o Psilocybe cubensis, este é bastante utilizado em rituais no sul do México. O Amanita muscaria é utilizado em rituais na Sibéria.

A Diferença Entre os Cogumelos Comestíveis, Venenosos e Alucinógenos

Acredita-se que existem no planeta cerca de 1,5 milhão de espécies de cogumelos, dentre os quais alguns são venenosos ou alucinógenos. Como os cogumelos são bastante semelhantes e não existe nenhuma característica física que denuncie que existe algo errado com qualquer um deles não se deve confiar no julgamento apenas do olhar.

Além disso, nem 5% das espécies de cogumelos existentes estão classificadas na literatura biológica. Dessa forma nem mesmo um especialista em fungos tem como ter certeza se o cogumelo que encontrou no meio de uma floresta é venenoso ou alucinógeno. Pode ser quem um cogumelo nocivo se pareça muito com um cogumelo normal, sendo assim desconfie sempre.

Como Diferenciar

No laboratório existem duas maneiras de identificar se um cogumelo pode fazer mal para a saúde, através de análise morfológica e bioquímica. A primeira forma consiste em fazer uma comparação das características da espécie encontrada com outras espécies que já tenham sido catalogadas em livros científicos.

Nessa comparação leva-se em conta o formato, medidas e a cor do cogumelo. Porém, mesmo que ele seja muito semelhante a uma espécie inofensiva e já catalogada é necessário fazer a análise bioquímica. Essa segunda análise tem como objetivo identificar a presença de toxinas como, por exemplo, a alfa-amanitina que é encontrada no cogumelo Amanita phalloides ou então substâncias alucinógenas como, por exemplo, a psicilobina, do Psilocibe cubensis.

Cogumelo Amanita – Comestível, Venenoso e Alucinógeno

Um exemplo bem claro a respeito de como os cogumelos podem nos enganar são os cogumelos Amanita. Os três cogumelos desse gênero tem efeitos completamente diferentes no organismo.

Amanita Alucinógeno

O Amanita muscaria é um cogumelo alucinógeno e apenas a ingestão de um grama pode deixar a pessoa confusa por horas. Trata-se de um alucinógenos mais antigos do planeta.

Amanita Venenoso

Já o Amanita phalloides ou “chapeu-da-morte” é o cogumelo Amanita venenoso, para se ter uma ideia apenas 50 gramas são suficientes para matar uma pessoa. Um exemplo disso é o papa Clemente VII que morreu após comer um desses cogumelos.

Amanita Comestível

O Amanita caesarea é bastante utilizado pela culinária europeia, não existe no Brasil. Trata-se de um cogumelo que pode ser ingerido cru em saladas e que não apresenta nenhum risco de intoxicação.

Cogumelos Alucinógenos

Há milhares de anos o homem tem contato com substâncias alucinógenas principalmente provenientes de cogumelos. O grau de alucinação e o efeito desses cogumelos alucinógenos dependem do organismo da pessoa que os ingere. Apesar de terem uma ação bem semelhante a de drogas que viciam não causam dependência e nem mesmo síndrome de abstinência. Existe uma grande variedade de cogumelos alucinógenos dentre os quais se destacam:

Amanita Muscaria

Um dos mais famosos cogumelos tem dois tipos de alucinógenos que são o ácido ibotêmico e o  muscimol. A ação desses alucinógenos é estimular os neurotransmissores GABA no sistema nervoso central. Os primeiros efeitos desse cogumelo é uma sensação de sonolência, desorientação e de falta de coordenação.

Depois disso a pessoa começa a sentir um tipo de euforia, perde a noção de tempo e começa a ter alucinações visuais. O humor da pessoa vai mudando podendo chegar a um estado de intensa fúria. Se esse cogumelo for consumidor em grande quantidade pode ser até letal.

Psilocybe Cubensis

A ação do Psilocybe Cubensis consiste em estimular os receptores de acetilcolina que ficam no cérebro e no sistema nervoso. Quando uma pessoa ingere esse cogumelo começa a salivar em excesso, tem lacrimejamento, perde o controle sobre as suas necessidades fisiológicas como a urina e as fezes, além de sentir náuseas, cólicas, redução do ritmo cardíaco e pressão arterial.

Os alucinógenos desse cogumelo são bem parecidos com aqueles presentes no LSD e causam sensação de euforia, sonolência, pupila dilatada, visão obscura entre outros sintomas. O seu efeito pode chegar a durar até três horas.

Os Cogumelos Mais Estranhos do Mundo

Quem leu o clássico de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas” desde criança teve uma ideia de cogumelos são no mínimo estranhos. Os cogumelos que listamos abaixo não fazem ninguém crescer ou diminuir, mas bem que poderiam fazer do cenário do país das maravilhas.

Entoloma hochstetteri – O Cogumelo Smurf

Quem observa o Entoloma hochstetteri pode ter uma ideia equivocada de estar olhando para um legitimo smurf. O fungo que é típico da Nova Zelândia é completamente azul.

Clathrus ruber – O Cogumelo Esférico

O Clathrus ruber até parece uma obra de arte moderna, esférico e cheio de buracos esse cogumelo tem uma coloração que vai do rosa pálido até um forte tom de vermelho. Em comparação é um cogumelo parecido com o Clathrus crispus.

Mycena chlorophos – O Cogumelo Brilhante

Muitos cogumelos têm a capacidade de brilhar no escuro, porém, dentre aqueles que fazem isso de forma mais impressionante está o Mycena chlorophos. A função desse brilho é bastante discutida entre os especialistas. Uma das explicações mais aceitas é de que o brilho é usado pelos fungos para dispersar os seus esporos uma vez que dependem de animais para que se espalhem pelo ar tendo como resultado a sua reprodução.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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