A educação na sociedade contemporânea assume um posto contraditório em relação aos objetivos traçados desde que deixou de ser uma regalia de uma classe privilegiada, e passou a ser um princípio básico de desenvolvimento.
Se em uma sociedade do período feudal a educação era apenas uma ocupação das classes dominantes que visava formar uma nata intelectual e pensante, que era responsável pela organização e administração dos Estados. A partir da formação das sociedades industriais e, sobretudo, contemporaneamente, a educação como um direito de todo cidadão e dever do Estado, assume um suposto papel de universalização do conhecimento, destruindo a marginalização das classes que não possuíam acesso ao conhecimento.
Educação e Sociedade: Um Paradoxo Moderno
Entretanto, por mais que tenha surgido sobre esse pretexto de universalização do conhecimento, a qualidade com que esse conhecimento é passado e como é abordado por aqueles que utilizam os mecanismos de ensino nos mostram como o ensino se tornou apenas mais uma mercadoria da sociedade industrializada. Não existe mais a preocupação de formar pensadores e produzir mais conhecimento, existe apenas preocupação em qualificar a mão de obra e em apresentar números como: baixos índices de analfabetismo (que na realidade não dizem nada a respeito de qualidade intelectual). Assim como não existe uma preocupação em se tornar um pensador e produtor de conhecimento, mas apenas obter ‘títulos’ para estar bem no mercado de trabalho.
