Como Surgiu o Balé

É normal que em algum momento nos perguntamos de onde vem alguma coisa que gostamos ou simplesmente, somos levados a questionar sobre as raízes de algo. No caso do balé, por exemplo, é claro que como qualquer ritmo musical, tem uma história, foi inventado. Você já se perguntou como surgiu?

As origens do balé clássico estão no início do século 16 nas cortes italianas. O que não dá mesmo para precisar é o que inspirou as coreografias e os primeiros passos. Em compensação, podemos dizer com total certeza a origem da palavra. Em italiano se diz “balletto” que traduzindo para o português seria baile ou dança no diminutivo, daí veio a palavra, em francês, ballet.

Os grandes apreciadores do balé clássico eram os nobres italianos e a dança era tão admirada pelos membros da corte, que Catarina de Médici, uma princesa italiana que viveu entre 1519 a 1589, fez com que a dança fosse introduzida na nova corte. A decisão da princesa foi tomadas logo depois que ela se casou com o rei francês Henrique II. E para ter certeza de que o balé praticado na Itália seria seguido a risca na França, Catarina fez questão de chamar um coreógrafo de balé italiano, Balthazar de Beaujoyeulx, cujo nome verdadeiro era Batazarini Di Belgioioso. A mudança no nome pode dar uma pista do que aconteceu com o balé.

A dança clássica iniciou-se na Itália, mas foram os franceses que a desenvolveram e por isso, todo bom coreógrafo e bailarino italiano prefira dar um ar francês ao próprio sobrenome.

A Importância de Balthazar Beaujoyeulx Para o Balé

Na época em que Balthazar Beaujoyeulx fazia as suas apresentações de balé, o espetáculo não se resumia ao que conhecemos atualmente, ele tinha também canto, orquestra musical e poesia. Era uma forma de apresentar a dança que agradava muito aso nobres franceses, que do início da chegada do estilo se interessou e aprendeu a apreciá-lo. Porém, o grande apogeu do balé só aconteceu um século depois da sua chegada à França, foi com a corte do rei Luís XIV.

O rei se demonstrou um grande admirador da dança, porque também era bailarino. Foi graças a isso que passou a ser chamado de Rei Sol, depois de ter participado de um espetáculo chamado “Ballet de La Nuit”. A apresentação, o rei usou uma fantasia que chamava a atenção pela quantidade de brilho que exibia, o que fazia lembrar o sol e daí o apelido.

E foi em 1661, que o balé ganhou ainda mais importância, sempre graças a Luís XIV, que fundou a Accademie Royale de Musique. Dentro dela e sob a direção de Jean-Baptiste Lully, um compositor italiano, ele fundou a escola de balé. Tinha ainda como assistente um professor de dança, esse francês, Pierre Beauchamps. E foi desse ponto em diante que a dança passou a ser um espetáculo sofisticado e era chamado de “Ópera-Balé”. E ainda, nos palcos se combinava canto, dança e diálogos.

Pierre Beauchamps é um nome de extrema importância para o balé porque foi ele quem criou as cinco posições básicas da dança, as mesmas que são usadas até os dias atuais.

Seguiu-se como era até o século XVIII, quando aconteceram novas transformações no balé, deixou-se um pouco de lado a poesia e concentrou-se mais na dança e na música. E foi também nesse ponto da história que as bailarinas começaram a demonstrar insatisfação com os vestidos que eram propostos para a dança. Elas diziam que as peças limitavam os movimentos, o que era verdade. Aliás, esse era o motivo que fazia com que os homens ganhassem os melhores papéis de um espetáculo de balé.

Foi então que uma bailarina resolveu rebelar-se claramente, Marie Ann Cupis de Camargo, uma belga. A artista não só encurtou as suas saias como diminuiu o salto dos seus sapatos. E com isso, se tornou uma das primeiras bailarinas a entrar para a lista das mais importantes do mundo. E falando ainda de momentos que marcaram a história do balé, os movimentos feitos na ponta dos pés só foi visto pela primeira vez, no século 19, e foi Marie Taglioni, uma italiana a fazê-lo e daí então, passou a ser o balé clássico.

Veja as Cinco Posições Clássicas do Balé!

  1. Formando quase um círculo o bailarino deve manter os braços semiflexionados. Enquanto as mãos devem estar viradas uma para a outra respeitando a altura pouco abaixo do peito. Os pés, nesse movimento, devem ser mantidos bem abertos e os calcanhares devem se tocar.
  2. O segundo movimento é sempre com os pés bem abertos, repetindo a primeira posição, porém, os calcanhares não devem estar um colocado no outro. Os braços devem ser mantidos semiflexionados e bem abertos ao lado do corpo, mas observando que eles não passem a altura dos ombros.
  3. Essa terceira posição não é muito utilizada. Uma perna deve ser mantida à frente da outra, o calcanhar da primeira perna deve tocar a parte central do pé que fica atrás. Um dos braços deve seguir a primeira posição 1 e o outro é mantido aberto para o lado repetindo a segunda posição.
  4. Na posição quatro, as pernas devem ficar uma de frente para outra, como na posição três. A diferença é que os pés precisam ficar levemente afastados, cerca de 30 centímetros. Ambos os braços devem ser semiflexionados, porém,  um deles é levantado acima da cabeça.
  5. Na quinta e última posição básica, uma das pernas deve ficar na frente da outra, o calcanhar do pé que ficou na frente fica bem na altura da ponta do pé do que ficou  atrás. Ambos os  braços devem ser levantados contemporaneamente, mas as mãos devem ficar distantes uma da outra de quatro dedos.

A Dança Entre Dois Bailarinos

Quando dois bailarinos dançam juntos, ambos precisam observar algumas regras básicas, para conseguir desenvolver a coreografia. Por exemplo, o homem sempre dá o apoia a mulher colocando as mãos na cintura dela. Dessa forma, ela tem total liberdade para suspender um dos pés, enquanto fica com o outro apoiado na ponta no chão.

A bailarina também consegue fazer movimentos elevando pernas e braços porque o bailarino dá sustentação, segurando-a pouco abaixo do peito da companheira de dança.

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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