A Lenda das Amazonas

Muitos turistas estrangeiros tem grande ânsia de conhecer o Brasil. Seja por conta de sua cultura, seja por conta de suas comidas típicas ou até mesmo por conta de suas incontáveis belezas naturais.

E não podemos nos esquecer, é claro, dos brasileiros que fazem turismo em determinadas áreas do país, em busca de conhecimento, de encanto ou somente de descanso.

A Lenda das Amazonas

A Lenda das Amazonas

Nessa riqueza toda, está incluído o folclore brasileiro, cujo mesmo é muito rico, tendo histórias que vão desde o saci até a mula sem cabeça.

Mas, em outros países, também há uma grande cultura, como é o caso da Grécia. Ela é mundialmente conhecida por suas ruínas históricas e pela sua mitologia, a qual é atribuída muitos seres.

E a lenda das amazonas está incluída na mitologia grega. Esse é o assunto do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conferir um pouco sobre a história das amazonas, ou seja, a lenda que está por trás dessas destemidas guerreiras. Vamos lá?

As Amazonas

Antes de começarmos a falar sobre as amazonas, vamos te dar um pequeno “adiantamento”: O nome do estado brasileiro Amazonas tem tudo a ver com a lenda de tais guerreiras. No final do artigo, diremos o porquê.

As Amazonas, segundo a lenda, teriam se fixado num local que hoje pertence ao país da Turquia, sendo a região chamada de “Ponto”, sendo que essa região tinha uma grande proximidade com as margens do Mar Negro.

As guerreiras se organizavam do seguinte modo: Em uma tribo onde era eleita uma rainha, para governar todas as outras. A primeira seria Hipólita (nome que tem o significado de “égua solta, que nunca foi domesticada”).

Nós devemos frisar aqui que as amazonas não permitiam, de modo algum, que algum indivíduo do sexo masculino vivessem entre elas. Você deve estar se perguntando, então porque existem tantas amazonas se não há um parceiro para que mais amazonas fossem geradas? Isso é simples de responder.

Quando as amazonas viam que era hora de prolongar a sua espécie, as mesmas iam até tribos próximas e capturavam homens, com a intenção de manter relações sexuais com eles para tentar engravidar. E, depois de engravidar, ainda tinha mais um empecilho. O bebê recém-nascido deveria ser obrigatoriamente uma menina. Quando nascia um bebê menino, o mesmo tinha até três destinos: Ou era mandado para a floresta, ou entregue ao pai, ou simplesmente morto.

As meninas, pelo contrário, eram mantidas e recebiam os ensinamentos necessários para se tornar uma guerreira amazona. E as guerreiras amazonas não entendiam somente de guerras; tinham também outros conhecimentos que podiam enriquecer de alguma forma a tribo, como as noções de agricultura e também de caça. E isso também era repassado ás crianças do sexo feminino.

As várias lendas sobre as amazonas sempre se encontraram com os outros mitos gregos, tendo, inclusive, várias interações com os heróis da mitologia, como Teseu, são frequentes.

Algumas lendas, por exemplo, diz que Hércules, teve doze trabalhos para serem feitos impostos por Eristeu, incluindo um que era bem audacioso: ter em mãos a cinta que a rainha das amazonas, Hipólita, possuía. Para tal, chamou Teseu e foi em busca da irmã da rainha, a princesa Antíope. Algumas lendas dizem que Antíope acabou sucumbindo depois de uma batalha entre os gregos e as amazonas, que o fizeram retalhando o sequestro da princesa. O que mais espanta é que Antíope estava lutando a favor de Teseu, e, por sua vez, contra as suas conterrâneas. Outras já dão um final mais, digamos “alegre”, já que, a rainha Hipólita se casa com Teseu.

As Amazonas e a Relação com o Nome do Rio Amazonas e do Estado do Amazonas

Vamos, agora, conhecer a relação existente entre a lenda das amazonas e o uso do nome no Rio Amazonas e no estado brasileiro do Amazonas.

As lendas gregas sobre as amazonas são bastante antigas, sendo que ela foi repassada a todos os descendentes.

Em 1540, depois da descoberta de terras á oeste, ou seja, o começo do desbravamento do continente americano havia um espanhol aventureiro, chamado Francisco Orellana se juntou a uma missão exploratória que percorreria um grande e misterioso rio da América do Sul.

E, durante essa missão, Francisco, segundo as lendas, teria visto algumas mulheres, com a mesma descrição a que era feita nas lendas gregas, ou seja, empunhavam armas e usavam o cavalo como meio de transporte. A característica marcante das mulheres eram os seus longos e bonitos cabelos.

Os indígenas locais as chamavam de Icamiabas, que significa o mesmo que “mulher sem esposo”.

É contado também que essas mulheres empenharam uma guerra contra os espanhóis exploradores. E, que conseguiram, com êxito, que os espanhóis afugentassem dali rapidamente.

No caminho de volta da fuga, os espanhóis encontraram um nativo que contou a eles toda a história das altas e destemidas guerreiras.

Francisco, então, julgou que tais guerreiras faziam parte de um reino, e que esse reino era o reino das Amazonas. Contou-lhes também sobre como as amazonas se reproduziam, sobre a seleção que era feita entre os bebês, e também sobre um talismã que era dado ao genitor, conhecido como Muiraquitã.

Logo, os espanhóis ligaram a história dessas guerreiras com as narrativas das amazonas gregas. E, desse “engano” o nome amazonas passou a ser usado para designar o grande rio, toda a floresta e, atualmente, o maior estado brasileiro em tamanho territorial.

Por conta disso, muitos associam a lenda das amazonas como se fosse originária do Brasil. Mas sabemos que ela não só está na Grécia, como em vários outros países.

As Amazonas nos Gibis

As guerreiras amazonas já foram abordadas em vários livros. E, também, nos Gibis. O saudoso desenhista e roteirista brasileiro Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, lançou um epílogo, com três capítulos, envolvendo a Turma da Tina em uma viagem até o Amazonas, onde lá encontram as guerreiras. Durante esses capítulos, os integrantes da turma vivem as mais perigosas e divertidas aventuras.

Apresentamos, aí, um pouco mais sobre as amazonas.

Por Francisco Prado

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Categoria(s) do artigo:
Cultura

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