Os Melhores Filmes da Temporada do Oscar

O evento mais badalado da temporada de premiações se aproxima. A 89ª edição dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dará a famosa estatueta às produções que se destacaram durante o ano de 2016. Entre os indicados, há obras que entretém o público do primeiro ao último minuto; outros que levantam questões sociais que não podem ser nunca esquecidas. No meio dessas obras todas, destacamos quais são aquelas que merecem uma atenção especial, e que devem levar vários prêmios na noite do dia 26 de fevereiro. 

La La Land: Cantando as Estações

Escrito e dirigido por Damien Chazelle 

Enredo – O filme segue Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling), dois jovens sonhadores, em busca da realização profissional nas carreiras artísticas que escolheram: Mia como atriz e Sebastian como proprietário de um bar de jazz com uma abordagem mais tradicional do gênero. 

O musical, que se passa na cidade de Los Angeles, tem uma estética de muitas cores e referências visuais tradicionais de quem bebeu na fonte dos clássicos musicais de Hollywood das décadas de 30, 40 e 50. As músicas, compostas por Justin Hurwitz, também remetem a essa chamada de época de ouro da indústria do cinema, que nos trouxe clássicos como “Cantando na Chuva”.

O filme em si consegue aliar uma proposta estética audiovisual bastante agradável. Mesmo que você não seja fã de musicais, vale a pena conferir o filme de Damien Chazelle, um dos fortes candidatos ao maior vencedor da noite do dia 26: são 14 indicações, desde categorias técnicas até melhor filme. 

La La Land: Cantando as Estações

La La Land: Cantando as Estações

Fonte: Flickr

Moonlight: Sob a Luz do Luar

Dirigido por Barry Jenkins, Escrito por Tarell Alvin McCraney 

Enredo – Moonlight traz à tona questões de extrema pertinência sobre machismo e homofobia dentro das camadas mais pobres da sociedade americana. Seguimos a história de Chiron em várias etapas da sua vida, pelas quais ele carrega as dúvidas quanto ao que ele pensa e como ele deve se afirmar nesse universo de preconceitos. 

A direção de Barry Jenkins se utiliza bastante de momentos de introspecção para que o público se aprofunde nas questões psicológicas e emocionais do protagonista. Mais do que entreter, Jenkins busca levantar questionamentos sobre o quanto as aparências são construídas por uma necessidade e que elas muitas vezes escondem uma série de outras camadas. 

Para a noite de Oscars, são 8 indicações, incluindo Melhor Filme, sendo considerado por muitos o favorito a desbancar o badalado La La Land. 

A Qualquer Custo 

Dirigido por David Mackenzie, Escrito por Taylor Sheridan 

Enredo – dois irmãos decidem fazer uma série de assaltos a bancos, e um oficial da lei quase aposentado fica determinado em encontra-los e prende-los. A história se desenrola nos estados do Texas e vizinhos, pelos quais os personagens interagem num jogo de gato e rato por todo o filme. 

A Qualquer Custo se encaixa perfeitamente na categoria de faroeste, embora não conte com os clichês da partida de Texas Hold’em (ou qualquer uma das outras variantes desse esporte), ou um “impasse mexicano” de três oponentes. O que enquadra o filme nesse gênero é o ritmo, as personagens e a ambientação. Jeff Bridges, que interpreta Marcus Hamilton, poderia ser qualquer xerife de qualquer filme de faroeste. 

A direção se destaca, dando tempo para que as respirações entre falas traduzam as reais intenções das personagens, e adicionando nuances cruciais e típicas dos faroestes clássicos. A Qualquer Custo é um dos 10 filmes indicados à Melhor Filme, sendo indicado também nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Jeff Bridges), Melhor Edição e Melhor Roteiro Original. 

Capitão Fantástico 

Escrito e dirigido por Matt Ross

Enredo – Ben Cash (Viggo Mortensen) é o pai de seis filhos, e os cria dentro das adversidades de uma floresta no noroeste dos Estados Unidos da América. Sem coloca-los nas escolas tradicionais, o pai impõe uma dura rotina de treinamentos físicos e intelectuais, até que eles devem deixar o isolamento. Ao fazê-lo, Ben vê os filhos enfrentarem um outro leque de desafios impostos pela sociedade e repensa sua função como pai.

Embora este filme tenha sido indicado apenas a um Oscar (Melhor Ator de Viggo Mortensen), Capitão Fantástico não pode passar despercebido. A história do pai dedicado por si só já valeria a ida ao cinema; mas há camadas de crítica ao nosso pensamento contemporâneo que casa perfeitamente com a aventura. A obra de Matt Ross é um casamento raro de roteiro e direção. 

A Chegada 

Dirigido por Denis Villeneuve, Escrito por Eric Heisserer e Ted Chiang

Enredo – A chegada de estranhas naves na Terra traz à tona a dificuldade dos humanos em estabelecer um canal de comunicação com os extraterrestres. Para conseguir falar com os visitantes, a professora especialista em linguística Louise Banks (Amy Adams) é chamada para ajudar as autoridades governamentais. 

O mais fascinante de A Chegada é que consegue ser um filme de ficção científica sem precisar buscar cenas elaboradas de ação, ou de forma alguma apelar para violência para narrar sua história. É um filme que emprega na sua estrutura os conceitos da própria história, e é, por isso, um dos destaques desta temporada. São 8 indicações para o filme, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia.  

Toni Erdmann

Escrito e dirigido por Maren Ade

Enredo – um pai, dono de um peculiar senso de humor, tenta se reconectar com a filha viciada em trabalho criando um alter-ego e interferindo no seu cotidiano. 

O filme alemão é um dos indicados a Melhor Filme Estrangeiro, Toni Erdmann tem na sua longa duração um filme que traz temáticas universais: o que fazer depois da terceira idade, o que lembraremos ao longo da vida e a relação entre pais e filhos. Durante as quase 3 horas de duração, você aprende muito sobre a dinâmica entre Winfried (Peter Simonischek) e Ines (Sandra Hüller), e consegue apenas imaginar a história por trás daqueles personagens. Com um ritmo que para muitos pode parecer lento e sem propósito, o filme deixa o público apreciar cada nuance das situações inusitadas que se desenrolam, e construir aos poucos por si só a relação entre pai e filha. 

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Categoria(s) do artigo:
Celebridades

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