Gato Furioso

A raiva pode atacar tanto cachorros quanto gatos. Se trata de um vírus que possui um genoma que altera o “humor” desses animais. Em busca de vacina e tratamento, o vírus já foi manipulado em laboratório com outros animais e o que especialistas puderam verifiar é que o período de incubação fica entre 7 a 10 dias.

O vírus da raiva também pode ser mais forte, o chamado “vírus de rua” e falando das suas características, lembra uma bala de revólver e costuma medir 130 a 130 nm x 70 nm. Para inativar o vírus da raiva é necessário usar éter e fervura e como preventivo serve o glicerol.

As Fontes de Infecção do Vírus da Raiva

A principal fonte de infecção de um gato pelo vírus da raiva é através da saliva. Porém, nem sempre os animais contaminados estão com o vírus na salaiva. O perído em que ele está presente costuma ser entre 3 a 7 dias depois de que o gato começa a desenvolver os sintomas da doença.

O vírus também pode ser encontrado no leite, na urina, nas secreções e no sangue, porém, em menor quantidade. A transmissão é feita não só através da saliva, mas também, dos traumatismos cutâneos e a raiva é um problema que está presente em todo os continentes. Poucos são os países que estão completamente livres do problema, como a Grã-Bretanha, por exemplo.

Infelizmente, nos últimos tempos se observa um aumento do número de casos de raiva, no que diz respeito aos animais silvestres, e em compensação, no caso de gatos e cachorros esses casos estão reduzindo. O motivo são as campanhas de vacinação em massa. Porém, nas campanhas de vacinação anti-rábica em massa se percebe que se tem uma dificuldade maior em relação aos gatos. As dos cães são bem aceitas pelas pessoas, dos gatos, nem tanto.

Por isso, o maior número de incidência de casos de raiva entre animais domésticos acontece com os gatos. O que significa que está aumentando os gatos raivosos e eles podem se tornar até mais agressivos do que os cães nessas circunstâncias. De acordo com uma recente pesquisa, na América Do Sul foram registrados 2.500 casos fatais em pessoas em consequência da raiva de animais domésticos e 177000 de cães morreram.

Incubação e Sinais Clínicos

O vírus provoca um período curto de incubação, mas existe uma grande variabilidade, neste caso, considere que esse tempo pode variar entre 3 a 8 semanas, no caso dos gatos. Dos cachorros, por exemplo, esse período é diferente, entre 10 dias a 1 ano.

São três os sinais clínicos:

  • Prodromal ou precursora que é a paralítica e excitativa, que em média, dura somente 10 dias, em casos extremos, normalmente fica entre 5 a 6 dias.

Nesta fase o animal fica mais amigável e mais ativo e também nervoso e assustado.

As pupilas ficam dilatadas e a salivação é bem maior do que o normal, o gato começa a “morder o ar”.

Se observa uma diferença no modo de andar do animal, com uma certa rigidez, que também se percebe na contração dos músculos da face.

  • Raiva Furiosa, ele apresenta aumento nos reflexos e se mostra mais irritado.

O gato fica com dificuldades para engolir e tem sialorreia. Além disso, como ficar com os olhos “faiscando”, o dorso arrepiado e a boca espumando. Essa fase pode durar de 1 a 4 dias.

  • Raiva Silenciosa ou Fase Paralítica é o momento que o gato raramente morde, mas está sempre muito irritado.

Ele fica com os membros paralisados.

Diagnóstico e Tratamento

O primeiro passo seria descartar o diagnóstico de raiva, porém, antes de se ter certeza é necessário tomar medidas preventivas para evitar contaminação.

  • O gato deve ser isolado.
  • Se o gato mordeu alguém, é necessário lavar muito bem o ferimento com água e sabão e procurar um médico.
  • Levar o anima até um veterinário de preferência de um centro de zoonoses.
  • Caso seja constatado, através de exames, que o gato está com raiva, será feita uma notificação para as agência sanitárias da cidade e o animal ficará em quarentena.

Não existe nenhum tratamento para curar a raiva. O certo é evitar a doença e isso se faz respeitando as datas de vacinação. A única tentativa de salvá-lo é o colocando em quarentena de 6 meses, mas nem sempre é possível e se faz a eutanásia. Se o animal foi vacinando alguma vez, pode ficar em isolamento depois de ser revacinado.

Como Conduzir Animais Suspeitos

Se um gato morde uma pessoa da casa onde ele está, deverá ficar em observação durante pelo menos 10 dias, além de ser avaliado por um veterinário durante esse período. O ideal é que ele fique esse tempo fora de casa, na observação. Caso o animal apresente os sintomas do vírus da raiva que foram citados anteriormente, o correto é avisar o departamento de vigilância sanitária local. Se os sintomas forem se agravando e se perceber que ele está sofrendo com raiva, ele poderá ser sacrificado por ordem da própria vigilância sanitária.

Neste caso, a cabeça do animal é retirada e coloca sob refrigeração para que sejam feitas análises posteriormente em laboratório. São fases que cabem ao órgão de vigilância sanitária resolver. Se um gato morde alguém na rua, e é um sem dono, o mesmo deve ser observado, que ele fique os 10 dias em observação ou que seja feito o sacrifício. O vírus chamado “de rua” faz com que os animais produzam o interferon, que é um anticorpos que neutraliza e fixa, em resumo, se torna mais difícil de combatê-lo.

As vacinas que são aplicadas em campanhas servem para neutralizar todos os tipos de vírus de raiva, mas entre o sétimo e o vigésimo primeiro dia depois da vacinação, o gato pode ainda estar com negativo de imunidade. Uma vez que a vacina tem o seu efeito, a imunidade pode durar até 3 anos, não importa se foram vacinas inativas ou vivas. O mesmo serve para cães e gatos. A primeira vacina para evitar a raiva que um gato deve tomar é aos 4 meses de vida.

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Categoria(s) do artigo:
Gato

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